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Entenda o caso

31 de dezembro de 2006: prazo final dado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para que promotores de Justiça deixem os cargos no Executivo.

Janeiro de 2007: o Conselho Superior do Ministério Público Estadual (MP) determina o retorno de Delazari ao cargo de promotor.

Fevereiro de 2007: Delazari pede licença para fins particulares ao MP. O procurador-geral de Justiça, Mílton Riquelme de Macedo, nega a licença. Delazari recorre ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ). A desembargadora Regina Portes despacha favoravelmente a Delazari e contra o MP. O MP abre processo disciplinar contra Delazari.

Abril de 2007: o CNMP determina, mais uma vez, que Delazari retorne imediatamente ao MP.

Maio de 2007: o TJ revoga a licença de Delazari. O secretário entra com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF).

Julho de 2007: o STF arquiva mandado de segurança impetrado por Delazari. O governador Roberto Requião entra com uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) contra o CNMP. O STF arquiva a ADI.

Agosto de 2007: Ministro do STF anula decreto de Requião que nomeava Delazari para a pasta da Segurança. Três dias depois, Delazari se afasta da secretaria e pede exoneração do cargo de pormotor no MP

Ao pedir exoneração do cargo de promotor de Justiça para continuar sendo secretário estadual da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari estará deixando para trás uma carreira no Ministério Público Estadual (MP) e um salário mensal de cerca de R$ 19 mil. A atitude de sair do MP veio depois de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que anulou, através de liminar, o decreto que o nomeou para a função no Executivo, em 2003. No estado, Delazari terá salário de R$ 11,9 mil mensais por pouco mais de três anos - até o fim de 2010.

O caminho escolhido por Delazari levou o meio político paranaense a se perguntar por que tanta vontade de continuar no governo do estado e largar uma carreira vitalícia e bem remunerada? Segundo o líder do governo estadual na Assembléia Legislativa, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), Delazari é competente e capacitado e o estado necessita dele na função.

Para alguns parlamentares e funcionários do próprio governo do estado, no entanto, a escolha de Delazari tem fundo político, como o fato de ele pretender ser candidato a deputado federal em 2010, com o apoio do governador Roberto Requião (PMDB). Há, entre os governistas, os que defendem que Delazari, fora do MP, busque uma indicação para tornar-se desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ).

Procurado pela reportagem tanto através de sua assessoria de imprensa quanto na reunião do governador com o secretariado de estado na terça-feira pela manhã, Delazari preferiu não se manifestar. Presente ao encontro com os colegas de governo, Delazari foi questionado sobre quem irá assumir a Secretaria Estadual da Segurança Pública interinamente e se pretendia seguir uma carreira política futuramente. Porém, ele optou por não responder sobre os temas.

Leia reportagem completa no site da versão impressa da Gazeta do Povo (Conteúdo exclusivo para assinantes)

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