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A dentista Marina Stresser de Oliveira, de 26 anos, recebeu a liberdade provisória da Justiça e deixou as celas da Penitenciária Provisória Feminina de Piraquara na tarde desta sexta-feira (17). Ela foi acusada de tráfico de drogas em novembro do ano passado, após ser presa em flagrante, ao lado de Ronaldo de Souza Araújo, no bairro Xaxim, próximo ao consultório onde trabalhava. Na época, a polícia afirmou ter encontrado armas e drogas com os dois. Ela permaneceu sete meses presa.

O advogado de defesa da dentista suspeita de tráfico, Alexandre Loper, informou que um dos motivos de a Justiça ter autorizado a liberdade provisória foi a demora em chegar resultados finais de perícia. “A instrução do processo está praticamente pronta”, comentou Loper. Ele alega que sua cliente nunca foi traficante. A audiência de instrução citada pelo advogado é o rito processual para preparar os julgamentos, onde há interrogatório, apresentações das defesas, perícias, entre outros procedimentos.

No caso desta instrução, já aconteceram os interrogatórios, inclusive o da acusada que, normalmente, é o último a acontecer. Segundo Loper, a defesa arrolou quatro testemunhas e o Ministério Público (MP) registrou cinco. Todas já foram ouvidas. A Justiça determinou que os interrogatórios fossem mantido sob sigilo por questões de segurança.

Sentença

Nos próximos meses é provável que o juízo da 9ª Vara Criminal de Curitiba conceda a sentença. No mesmo processo, há um corréu, Ronaldo, detido naquele mesmo dia, também já ouvido pela Justiça. O advogado dele, Fernando Sobrinho, informou, por meio de nota publicada em rede social, que Marina foi solta depois de pedido feito pela defesa de Ronaldo. A reportagem tentou localizá-lo no escritório sem sucesso. Ronaldo também já foi solto. Os dois réus estão com tornozeleiras eletrônicas.

Segundo Loper, Marina deve permanecer em casa por enquanto, sem trabalhar, mas espera que a sentença seja concedida em breve. Como os réus foram soltos, não há mais prioridade de julgamento.

O caso

Marina e Ronaldo foram abordados na saída do consultório e se dirigiam a um veículo Renault Megane, no bairro Xaxim, em novembro do ano passado. Na abordagem ao carro, foi encontrado uma espingarda calibre 12, uma pistola 9 milímetros municiada. A equipe policial se dividiu em duas. Um grupo de policiais foi ao consultório, onde foram encontrados 30 munições de calibre 7.65, de uso restrito, e uma fatura da Sanepar, com um endereço no bairro Campo do Santana. Neste outro local, os policiais viriam a encontrar quatro munições de calibre 38, uma balança de precisão, além de 13,5 quilos de maconha. O caso foi investigado pela Divisão de Narcóticos da Polícia Civil. O outro grupo de policiais foi até a residência de Marina. Na casa dela, os policiais encontraram 1,3 quilo de crack e 1,98 quilo de maconha.

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