Depois do "dia de caos" que tomou conta de vários aeroportos brasileiros no sábado (7), a situação parece estar se normalizando aos poucos. Na noite de ontem, pelo menos 20% dos voos de todo o país tiveram atrasos significativos, o que significa que um em cada cinco voos demorou mais de meia hora para decolar ou aterrissar. Até as 10 horas deste domingo (8) foi registrado atraso em 7,8% dos voos.
No total, 511 viagens estavam programadas e 40 atrasaram. Já 38 voos (7,4%) foram cancelados, segundo a Infraero. Ainda assim, a Gol Linhas Aéreas continua sendo a companhia com mais voos atrasados. Até o momento, a empresa operou 198 voos, sendo que 31 (15,7%) registraram grandes atrasos. Em segundo lugar aparece a companhia Azul, que teve três atrasos em 93 voos (3,2%).
As falhas na prestação de assistência a passageiros nos voos atrasados dos últimos dois dias nos aeroportos de Guarulhos e de Brasília fizeram a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) autuar a Gol em multas que podem variar de R$ 4 mil a R$ 10 mil por infração. Em nota divulgada à imprensa, a companhia diz que as chuvas desta semana impactaram o cronograma de voos e diz que está trabalhando para normalizar as operações.
A TAM também será notificada e terá dez dias para comprovar a prestação de assistência aos passageiros em decorrência de problemas observados ontem em Guarulhos. Se a agência constatar que houve irregularidades, a TAM também será autuada.O problema dos atrasos foi mais sentido nos aeroportos de São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Florianópolis, Salvador e Rio de Janeiro. No Paraná houve registro de voos que demoraram a sair ou a chegar, mas em menor número na comparação com as outras cidades.
Paraná
Neste domingo, até as 10 horas da manhã, o Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, registrava apenas um atraso e dois cancelamentos entre os 18 voos domésticos programados. Os aeroportos de Foz do Iguaçu e de Londrina não apresentaram nenhum atraso.
Chuvas
Os atrasos são reflexo dos temporais da noite de quinta-feira (5) que afetaram diversas partes do país, principalmente os estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. A suspensão dos pousos e decolagens nos aeroportos da região provocou um efeito dominó que afetou diversos terminais pelo país.
