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Maringá – A Comissão de Transportes da Assembléia Legislativa do Paraná vai encaminhar ao Ministério da Defesa, até a próxima terça-feira, um relatório apontando as causas e responsabilidades do "apagão" ocorrido no aeroporto regional da cidade, no mês passado. O presidente da comissão, deputado Marcelo Rangel (PPS), pretende pedir a punição de quem desligou o balizamento – luzes da pista – ou deu a ordem para isso por duas vezes no mês passado, enquanto vôos da Trip estavam para pousar em Maringá.

A Nordeste Linhas Aéreas, que opera o sistema de informações às aeronaves, alega ter a receber pelo menos R$ 450 mil da Trip por serviços prestados em Maringá e Cascavel. Por isso, teria suspendido as orientações para os pilotos desde 1.° de setembro.

Na visita de ontem, os deputados se reuniram com representantes da Trip, da Nordeste, da prefeitura e da superintendência do aeroporto. O clima ficou tenso quando o deputado Luiz Nishimori (PSDB) perguntou ao supervisor de estação de rádio da Nordeste, Fábio Figueiredo, se havia algum funcionário da empresa na torre do aeroporto quando ocorreram os incidentes. Figueiredo disse que no momento em que o avião da Trip sobrevoava Maringá não havia funcionário na torre porque o vôo em questão não estava no planejamento de trabalho, mas que logo depois os funcionários chegaram para orientar os próximos vôos. O superintendente do aeroporto, Marcos Valêncio, interrompeu afirmando que havia funcionários na torre e que bastava rastrear os telefonemas no dia para se confirmar isso.

"Uma pendência comercial não se acerta no ar. Os passageiros não têm culpa e não podemos permitir isso", lamentou Nishimori, referindo-se ao vôo de 12 setembro, com 43 pessoas – 38 passageiros e cinco tripulantes – que precisou sobrevoar Maringá por cerca de 40 minutos até que o balizamento fosse aceso para outra aeronave e o pouso foi feito.

Os deputados também estiveram em áreas restritas do aeroporto, como a torre de comando e as salas de operação. Marcelo Rangel solicitou informações sobre o quadro de funcionários, escala de trabalho e outros procedimentos da Nordeste. A preocupação dos deputados era em encontrar quem desligou o balizamento e não se envolver na disputa comercial entre as duas empresas – o caso já está na Justiça.

Dois oficiais do Cindacta II, de Curitiba, também estão em Maringá apurando os problemas.

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