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Gazeta do Povo – A PUC comemorou no início do mês os 20 anos da elevação à pontifícia. O que isso representa?Clemente Ivo Juliatto – Foi um título que nós recebemos do Papa João Paulo II, temos muita consideração por ele, sobretudo por ele ter nos elevado a condição de pontifícia e por ele elevado a categoria de santo da igreja católica São Mercelino Champagnat, grande iniciador da obra marista e padroeiro desta casa.

E a recente eleição de um novo Papa altera em algum sentido a gestão das Universidades Católicas?Não propriamente. O João Paulo II foi professor de uma universidade católica na Polônia. Bento VXI também é um Papa universitário, foi professor de três universidades na Alemanha. É um intelectual, autor de muitos livros, com uma cultura extraordinária. Creio que haverá até uma valorização da universidade e dos centros de cultura católicos do mundo todo. Do ponto de vista universitário e intelectual Bento XVI ele vai ser um expoente.

A reforma universitária apresenta, entre outras propostas, a maior valorização das universidades públicas e defende a idéia de que a educação não pode ser tratada como uma mercadoria. O que o senhor pensa sobre isso?O projeto da reforma universitária é um passo importante para o país. O Brasil começou tarde no ensino superior, não temos ainda nem um século de universidade, enquanto que outros países da América já têm quatro. Enquanto países desenvolvidos já estão pensando na universalização do ensino superior, nós ainda tentamos isso para o ensino fundamental. A iniciativa da reforma é bem vinda, mas precisa ser aprimorada, porque uma lei como essa lida com um assunto sério que é o futuro do país. A iniciativa da reforma no ensino superior é, portanto, bem vinda, mas precisa ser aprimorada um pouco mais. Afinal a reforma universitária lida com um assunto sério que é o futuro do país.

Que conselho o senhor dá para o estudante que fará vestibular este ano e pode vir a ser um novo aluno da PUCPR?Que não percam essa oportunidade, porque fazer um curso superior efetivamente vai fazer uma diferença importante na vida dessas pessoas. Uma segunda recomendação é que se esforcem, porque o resultado vai depender do empenho de cada um. São muitos os ingredientes que entram na fórmula de uma boa educação, claro que é preciso uma boa escola, bons professores, boa infraestrutura e projeto pedagógico, mas também é fundamental o esforço por parte dos alunos.

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