• Carregando...

A desativação de um posto de combustíveis depende da concessão de licença da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA), explica o diretor do Departamento de Pesquisa e Monitoramento do órgão, Glauco Machado Requião. "Os postos têm de apresentar um plano de retirada dos tanques e nós monitoramos esse trabalho, porque pode haver vazamento na hora da remoção", informa Requião. A prática de informar a SMMA, no entanto, não é comum. "Normalmente o que acontece é que os proprietários fecham o posto e vão embora. A bandeira remove o tanque, mas a gente fica sem o contato para exigir a reparação, no caso de alguma contaminação ser constatada", diz ele.

Os tanques e tubulações subterrâneos dos postos de combustíveis podem provocar contaminação do solo e do lençol freático. De acordo com o presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Raska Rodrigues, levantamento feito em São Paulo identificou que grande parte das áreas onde havia contaminação de solo ficavam embaixo de postos de combustíveis. "Nos outros estados isso deve se repetir", avalia.

A contaminação do solo ou da água por resíduos de combustíveis pode fazer mal à saúde, alerta Requião. "Dependendo da concentração e do produto, pode provocar alergias e problemas respiratórios", explica o diretor da SMMA. Como os postos em funcionamento passam por um controle periódico, com monitoramento semestral da água subterrânea e do solo, Requião considera pequeno o risco de um posto fechado estar com o solo contaminado. "Pelo controle rigoroso que é feito, não há motivo de preocupação", afirma. De qualquer forma, diz o diretor da SMMA, qualquer posto que pára de funcionar deve desativar os tanques. "A população que tem dúvidas sobre a situação de algum posto vizinho deve entrar em contato com 156", sugere.

O presidente do Sindicombustíveis, Roberto Fregonese, conta que são raros os casos de donos de postos que pedem orientação ao sindicato antes de fecharem o negócio. "Eles simplesmente somem, principalmente porque deixam dívidas", afirma. Para Fregonese, além do crescimento da cidade tornar a localização antieconômica, a margem de lucro e as regras em relação à questão ambiental acabam tornando o negócio inviável. "Quando o terreno é do próprio revendedor, é mais comum que o local passe a ter outra utilidade, caso contrário fica abandonado. Os postos com tapume geralmente são os que pertencem às bandeiras", informa. (PK)

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]