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O tempo médio de espera nas filas das unidades do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Curitiba aumentou no período da manhã, após a ampliação do horário de atendimento, há um mês. Sem informação, o usuário continua preferindo o turno matutino para procurar as unidades. O problema é que como o atendimento foi estendido sem a contratação de novos servidores, os funcionários tiveram que ser distribuídos nos dois turnos, reduzindo a capacidade de atendimento pela manhã.

"As pessoas acham que tem de vir cedo para a agência ou não serão atendidas. Com isso, no horário extra em algumas agências o movimento tem sido muito pequeno", explica a gerente-executiva do INSS em Curitiba, Cinara Wagner Fredo. No antigo horário, o tempo médio na fila era de duas horas, agora a espera é maior.

A gerência-executiva não sabe precisar quanto tempo a mais o segurado espera, mas Margareth da Silva Hubert, 38 anos, que se apresenta como procuradora de alguns segurados, diz que a demora pode variar entre três e seis horas na agência da XV de Novembro. "A tarde é bem mais tranqüilo, só fiquei meia hora na fila", contou.

O novo horário foi implantado em todo o país, por determinação do governo federal, com intenção de acabar com as enormes filas. No Paraná, 19 agências ampliaram o tempo de atendimento. Em quatro unidades de Curitiba o funcionamento foi estendido por quatro horas: o horário passou a ser das 8 às 18 horas (e não mais até 14 horas).

De acordo com Cinara, o novo horário também fez aumentar entre 10 e 15% o fluxo de pessoas atendidas – hoje, a média diária de atendimento em cada agência de Curitiba varia entre 600 e 800 pessoas. Apesar disso, a quantidade de requerimentos de benefícios se manteve, porque, segundo a gerente, na maioria dos casos os usuários querem apenas informações.

Na avaliação do Sindicato de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social do Paraná (Sindiprev-PR), o novo horário pode resultar em atraso na análise dos processos porque os servidores que desempenhavam essa função tiveram que ser remanejados para o atendimento ao público. A gerente-executiva do INSS em Curitiba admite o remanejamento de pessoal, mas diz que só será possível fazer uma avaliação sobre a situação na segunda quinzena de março, quando todos o funcionários voltam das férias.

Numa coisa a gerência e o sindicato concordam: é necessário contratar mais servidores. De acordo com a diretora da secretaria jurídica do Sindiprev, Jaqueline Mendes de Gusmão, seriam necessários pelo menos mil funcionários em todo o estado. Já Cinara espera que o Ministério da Previdência cumpra a promessa de contratar 200 servidores para distribuí-los entre as 19 gerências de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná.

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