
Um depósito clandestino de caminhonetes roubadas foi descoberto no bairro Atuba, em Curitiba, na noite de quarta-feira (30). No local, havia um veículo inteiro e peças de mais de 200 caminhonetes desmontadas. O desmanche, segundo a polícia, funcionava em um esconderijo subterrâneo protegido por uma tampa retrátil, que ocultava os automóveis quando era fechada.
Um homem de 33 anos, que alegou não ser o proprietário, foi preso. A Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) afirma já ter identificado mais três pessoas que estariam ligadas ao esquema. O negócio, de acordo com a DFRV, estaria funcionando há pelo menos cinco anos, e entre uma e duas caminhonetes seriam levadas ao local por semana.
"Começamos a investigar esta situação há dois meses", contou o delegado titular da DRFV, Cassiano Aufiero. "Descobrimos que caminhonetes roubadas estariam sendo levadas para este local, que é uma casa com cinco cômodos e garagem. Em um espaço comum, não caberiam muitos carros, mas descobrimos este compartimento secreto", contou.
O depósito ficava ao lado de uma loja de autopeças da qual o suspeito era proprietário. "Baseados em nossas próprias estatísticas, podemos arriscar que cerca de 80% das caminhonetes roubadas na região eram levadas para este desmanche. Acreditamos que o esquema não abastecia apenas a loja do criminoso com peças roubadas, mas provavelmente outras também recebiam", disse Aufiero.
No local também foram encontrados, segundo a polícia, um Jet ski e uma empilhadeira, além de veículo que teria sido usado em um latrocínio. Segundo Aufiero, o carro foi usado em um assalto que terminou com a morte do proprietário de um veículo BMW, em Curitiba, no dia 11 de setembro. "A suspeita é que o carro tenha sido usado para cometer este crime", contou o delegado.
Na semana passada, um trabalho da DFRV fechou cinco lojas de autopeças em Curitiba, por falta de alvará. A "Operação Transformers", como foi chamada, resultou em cerca de 70% das lojas notificadas pela Receita Estadual, por irregularidades como a falta de comprovação de compra de alguns produtos, o que poderia indicar a existência de peças roubadas.





