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A Rua Coronel carlos Pioli, no centro de Rio Branco do Sul, na região metropolitana de Curitiba, alagada por causa do grande volume de chuvas | Albari Rosa/Gazeta do Povo
A Rua Coronel carlos Pioli, no centro de Rio Branco do Sul, na região metropolitana de Curitiba, alagada por causa do grande volume de chuvas| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Sem chuvas desde segunda, Rio Negro está debaixo da água

Embora não chova em Rio Negro, Região Sudeste do Paraná, desde segunda-feira (28), boa parte da cidade está debaixo da água. Segundo dados do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil, pelo menos 150 residências foram afetadas e 50 famílias deixaram suas casas entre quarta e quinta-feira (30 e 1). 31 famílias estão morando com parentes e amigos e outras 9 estão alojadas no ginásio de esportes do município.

De acordo com o sargento Francisco Gonçalves, comandante do Corpo de Bombeiros na cidade, a cheia do Rio Negro, que corta o município, aconteceu de forma muita rápida. " Na quarta-feira estava subindo seis centímetos por hora. Foi algo impressionante. Não tinhamos algo semelhante desde 99", diz.

A explicação para a cheia está no outro lado da fronteira, no norte de Santa Catarina, especificamente no município de Rio Negrinho, onde está a cabeceira do Rio Negro. "Lá tem chovido muito e ininterruptamente. Aí o rio vem descendo com tudo", afirma Gonçalves.

Por volta das 20h desta quinta-feira, o nível da água continuava subindo cerca de um centímetro por hora. A população da cidade foi alertada a chamar o Corpo de Bombeiros caso o problema continue. Caminhões da prefeitura estão de prontidão para retiraram móveis e objetos dos moradores e os bombeiros estão trabalhando em regime de plantão. A previsão do Instituto Tecnológico Simepar é de chuviscos em Rio Negro. Em Rio Negrinho, as chuvas devem persistir até domingo.

Guilherme Voitch

O último levantamento feito pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Paraná informa que as chuvas e ventos fortes de domingo e segunda-feira (27 e 28) atingiram 29 cidades paranaenses. Foram registradas 77 ocorrências de eventos naturais durante o mês de setembro.

De todos os municípios afetados, dez decretaram situação de emergência: Bituruna, General Carneiro (Sul), Marmeleiro, Pinhal de São Bento, Pranchita, Renascença, Santo Antonio do Sudoeste (Sudoeste) e Prudentópolis (Centro-Sul) (afetados nos dias 7 e 8 de setembro), Umuarama e Moreira Sales (Noroeste) (afetados no dia 23 de setembro).

Santa Catarina

A Defesa Civil de Santa Catarina confirmou, nesta quinta-feira (1.º), duas mortes provocadas pela chuva. Ao todo, o órgão registrou três óbitos nos últimos dias no estado. A primeira vítima é um homem de 30 anos, que atravessava uma ponte alagada e foi arrastado pela correnteza, em Campo Belo do Sul (SC).

Em Mafra (SC), um homem de 52 anos realizava manutenção na tubulação de água de sua residência, próximo a um córrego, quando foi arrastado e morreu afogado, nesta quarta-feira (30). O corpo foi encontrado nesta quinta-feira por familiares. Em Blumenau, uma mulher de 56 anos, que cuidava da criação de animais que possuía em um rancho, foi arrastada para o açude. O Instituto de Medicina Legal (IML) esteve no local, mas ainda não confirmou a causa da morte, se por afogamento ou choque elétrico, já que havia fiação elétrica no local. Áreas de risco

Em Ilhota (SC), treze famílias estão sendo retiradas das áreas de risco. Equipes de geólogos, enviados pelo governo estadual estiveram na região para análise do solo e fizeram as recomendações para a retirada dos moradores.

A Defesa Civil voltou a alertar a população para o risco de novos alagamentos e deslizamentos nos municípios afetados pelas chuvas. A recomendação é de não transitar em áreas alagadas. Situação de emergência

A pior situação ainda é de Santa Catarina. No estado, 50 cidades decretaram situação de emergência desde o fim de semana passado, de acordo com a Defesa Civil. Cem mil pessoas foram atingidas. No Rio Grande do Sul, em todo o mês de setembro, mais de 195 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas no estado e 24 cidades continuam em situação de emergência, de acordo com o órgão.

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