
Mesmo sem feriado, o dia 20 de novembro, quando se comemora o Dia da Consciência Negra no Brasil, não passou batido em Curitiba, que contou com várias manifestações políticas e culturais. O principal evento do dia começou às 18 horas na escadaria do prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), na Praça Santos Andrade, e terminou por volta das 20 horas.
Veja fotos da manifestação em Curitiba
Cerca de 200 manifestantes seguiram até a frente do prédio da Associação Comercial do Paraná (ACP), ao lado da UFPR, tocando instrumentos como tambores e colando cartazes com dizeres como "Zumbi Vive", "Eu visto a camisa 100% negro" e "Me orgulho do meu cabelo, minha roupa e da minha cultura. Eu faço a ti apenas um apelo: deixe-me ser negro e orgulhar-me da minha pele escura". Organizado pelo movimento negro, a ideia da manifestação foi chamar a atenção dos curitibanos e promover a reflexão dos cidadãos.
O dia
Logo pela manhã, atividades culturais e shows musicais aconteceram na praça Zumbi dos Palmares, no bairro Pinheirinho. O evento contou com a participação de integrantes de movimentos sociais e escolas, além de representantes políticos como o prefeito Gustavo Fruet (PDT), o presidente da Câmara Municipal, Paulo Salamuni (PV), e demais vereadores.
Entre os grupos que se apresentaram, estavam a Banda Lyra, Nkoso Sikelei Afrika, Escola de Samba Imperatriz da Liberdade, Academia Mestre Pop e bandas de pagode, samba, maracatu e reggae.
Um protesto pela suspensão do feriado do Dia da Consciência Negra bloqueou, por cerca de uma hora, o trânsito de ônibus na Praça Rui Barbosa, no Centro, no início da tarde. A situação no entorno da praça ficou complicada, já que parte dos ônibus precisou ser desviada para ruas do entorno.
Feriado polêmico
Desde que foi aprovado pela Câmara Municipal e sancionado, o feriado da Consciência Negra gerou reclamações da Associação Comercial do Paraná (ACP), que alegou que o recesso era inconstitucional e que provocaria perdas econômicas no estado no valor estimado de R$ 160 milhões.
No começo de novembro, a ACP ingressou com uma ação no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) pedindo o cancelamento do feriado, o que foi acatado pelo órgão. A decisão provocou revolta de movimentos sociais. A Câmara chegou a ingressar com uma ação de reclamação no Supremo Tribunal Federal (STF) para invalidar a decisão do tribunal, mas o ministro Gilmar Mendes negou o pedido da Casa e manteve a suspensão ao recesso.
Fotos do Dia da Consciência Negra em Curitiba
















