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TEMPORAL

Dia de limpeza após chuva recolhe 15 toneladas de lama

Ontem foi dia de muito trabalho para as famílias residentes em aproximadamente 200 casas atingidas pela forte chuva de terça-feira em Curitiba. Muito barro e lodo foram retirados do chão das casas e dos móveis durante a faxina. Equipes da prefeitura auxiliavam a remover a sujeira da calçada e retiravam a lama das ruas.

A ajuda da Defesa Civil municipal foi solicitada em cinco bairros – Pilarzinho, Vista Alegre, Santa Felicidade, Bom Retiro e Rebouças. "Pelo volume de água o prejuízo não foi grande", afirma o secretário executivo da Defesa Civil, Roberto Witek. Para o secretário, as duas situações mais preocupantes foram o desaparecimento da criança no Parque Tingüi e o alagamento das ruas Máximo Pinheiro Lima e Odilon Lustosa Ribas, na Vista Alegre.

No meio da tarde de ontem, a lama retirada das ruas e galerias da região por equipes da Secretaria Municipal de Obras Públicas já tinha carregado três caminhões. Estima-se que tenham sido removidas 15 toneladas de sujeira. "Não tínhamos como entrar nem sair de casa porque a lama tomava conta da rua", lembra a professora Margit Copic. Há cinco anos no bairro, foi a primeira vez que ela teve a casa tomada pela água. "Foi impressionante. Não tive tempo de levantar nenhum móvel", lembra.

A professora recorda que essa não foi a primeira vez que a rua fica alagada. "Já estávamos pedindo auxílio da prefeitura faz tempo. Fizemos um primeiro contato por telefone e já tínhamos mandado dois e-mails. Nada aconteceu. Quero ver quem vai ressarcir isso tudo". De acordo com o diretor do Departamento de Obras e Saneamento, Almir Bonato, técnicos da prefeitura já teriam feito a limpeza nas caixas de captação. Bonato acredita ainda que a troca de bueiros de concreto por bocas-de-lobo não teria evitado a enchente, já que a vazão da água não seria muito maior.

Na casa da dona de casa Doraci Ribeiro Cesário, que é uma construção alta, as marcas nas paredes mostram o tamanho do problema. "Fiquei com medo quando meu marido entrou no meio da água. Ele tem 1,70 metro e a água batia no pescoço dele", descreve.

A prefeitura faz perícia no local para apurar o motivo da enchente. Acredita-se que a causa seja o aterramento de um lote próximo ou o rompimento de uma tubulação.

Rebouças

Outro local em que a Defesa Civil registrou reclamações foi a Rua Almirante Gonçalves, entre as ruas Desembargador Westphalen e Marechal Floriano Peixoto, no Rebouças. Moradores e comerciantes da rua relatam que o alagamento na região é freqüente. "Cada vez que chove, a rua alaga. Quando passa um ônibus, forma ondas", conta o gerente Paulo César Martins.

Terça-feira, a água atingiu um metro de altura. "Já procuramos a prefeitura diversas vezes. Em dois anos e meio foram uns 12 alagamentos", revela o empresário Marcos Antônio Schlichta. Segundo Bonato, o problema da rua está nas galerias do Rio Água Verde e não há solução no curto prazo.

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