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O Brasil registra 420 mil acidentes de trânsito por ano, que representam gastos anuais de cerca de R$ 30 bilhões com o tratamento das vítimas. Cada ferido custa aos cofres públicos em torno de R$ 40 mil. De acordo com dados divulgados pelo Departamento de Trânsito (Detran) do Rio de Janeiro. Por ano, os acidentes de trânsito causam 40 mil mortes, deixam 380 mil pessoas feridas e 240 mil com algum tipo de deficiência.

São indicadores próprios de uma guerra de nós contra nós mesmos, disse neste domingo(15) o presidente do Detran-RJ, Fernando Avelino, durante ato inter-religioso para marcar o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito, no Forte de Copacabana. O evento foi realizado em parceria com a Arquidiocese do Rio, e teve a participação de representantes de cerca de dez religiões e do ministro das Cidades, Marcio Fortes.

Avelino destacou que as entidades públicas civis têm que fiscalizar, mas chamou a atenção para a importância da conscientização dos motoristas. Não adianta nada o ente público fazer as suas ações quando nós verificamos, tecnicamente, que 95% dos acidentes são exclusivamente culpa do ser humano, por imprudência.

Os representantes das diversas religiões foram unânimes ao ressaltar a necessidade de se trabalhar em parceria com as autoridades civis no sentido de conscientizar a população sobre o respeito s leis e ao próximo, visando construção de uma sociedade mais harmoniosa, solidária e justa. Eles destacaram que a educação é a base desse trabalho.

A imprudência, o excesso de velocidade, o consumo de bebida alcoólica antes de dirigir, a desobediência s leis e a impunidade foram algumas causas apontadas para elevado número de acidentes de trânsito no Brasil. Essa é a terceira maior causa de mortes no país, depois de doenças cardíacas e do câncer.

O arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, salientou a importância da preservação da vida. É inconcebível que o transporte, que é um bem para a sociedade, que agiliza a nossa vida, cause vítimas. O grande segredo está na educação, no sentido de conscientizar quem está no volante de sua responsabilidade social.

Marcio Fortes, que perdeu um filho em acidente de trânsito no Rio, disse que muitos casos poderiam ser evitados. A reflexão do passado leva conscientização para o futuro, afirmou em entrevista Agência Brasil. Segundo o ministro, é preciso que toda a sociedade mude o comportamento no trânsito. Não só o comportamento com base na lei, mas o comportamento social no trânsito.

Ele destacou que o carro não pode ser visto como uma arma e que os motoristas devem ser educados e cordiais. Esse é mote da Campanha Nacional de Trânsito, que o ministério iniciou hoje. Para ministro, a tendência é de redução do número de acidentes de trânsito no país.

A Operação Lei Seca, implantada pelo governo do Rio em março deste ano para coibir o consumo de álcool antes de dirigir, já realizou 843 operações, uma média 4,5 ações diárias. A iniciativa já conseguiu reduzir em 2 mil o número de vítimas de acidentes na cidade do Rio. A operação conta com a participação de vítimas de acidentes de trânsito, que atuam como voluntários.

Um deles é Marajó SantAngelo do Nascimento, que perdeu parte das pernas em um acidente de trem há 18 anos. Ele acredita que a operação tem alcançado os objetivos. As pesquisas do governo mostram isso. Diminuiu de 28% a 32% [o número de acidentes].

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