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Futuro ministro da Justiça e Segurança Pública do governo petista, Flávio Dino diz irá mudar os critérios de distribuição do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP).
Futuro ministro da Justiça e Segurança Pública do governo petista, Flávio Dino diz irá mudar os critérios de distribuição do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP).| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA), afirmou que pretende mudar os critérios de distribuição do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) aos estados, dando prioridade aos governos que incentivarem o desarmamento da população e instalarem câmeras nos uniformes dos policiais. As declarações foram feitas na quinta-feira (15), durante entrevista para o Estadão.

“Estados que implantam câmera ou não implantam câmera nos uniformes dos policiais a gente vai valorar. A gente acredita que é importante combater a violência policial. Ninguém é obrigado a fazer, mas quem fizer a gente vai valorar mais. Essa é a ideia geral”, afirmou Dino.

Ainda segundo o futuro ministro, o novo governo espera uma relação harmoniosa com o Poder Judiciário nos próximos anos, afirmando que o Judiciário “salvou a democracia no Brasil”. Dino disse ainda que pretende criar uma estrutura dentro da pasta para priorizar a troca de prisões por penas alternativas. De acordo com ele, é um erro resumir a execução penal ao encarceramento. “A execução penal é muito maior que prender. A prisão na verdade é o último instrumento”, disse.

Quando você coloca que alternativa penal é exclusivamente para crimes cometidos sem violência e sem grave ameaça à pessoa, fica mais claro o debate. Alternativas penais não são para quem cometeu homicídio, latrocínio, estupro. E complementamos dizendo que preso custa R$ 2.500 por mês. Uma pena alternativa, R$ 250. A sociedade entende que é um caminho melhor”, afirmou Dino.

O novo ministro declarou ainda que o futuro chefe da Polícia Federal terá autonomia para conduzir investigações, mas criticou a eficiência do que chamou de ações espetacularizadas. “Investigações espetacularizadas são eficientes? Não, são ineficientes. Quebram o elemento fundamental da instituição que é a sua credibilidade, a sua isenção. Se um delegado espetaculariza uma investigação, ele está praticamente sentenciando o investigado. O delegado vai ter autonomia quanto ao mérito, mas não quanto ao método”, declarou.

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