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O Disque-Denúncia está oferecendo recompensa de R$ 2 mil para quem der informações sobre o condutor da embarcação que atingiu o empresário alemão Christian Wölffer no último dia 31 em Saco de Mamanguá, Litoral Sul Fluminense. O telefone do órgão é (21) 2253-1177.

Após ser atingido, o empresário sofreu dois cortes profundos e um superficial, que provocaram intensa hemorragia e o levaram à morte.

Segundo informou a ONG, a recompensa começou a ser oferecida na segunda-feira e, desde então, algumas pessoas já telefonaram dando pistas sobre o crime.

Barco suspeito é localizado

Na tarde de segunda-feira (5), peritos da Polícia Civil e agentes da 167ª DP (Paraty) localizaram um barco que pode ter atingido o empresário alemão.

A embarcação, de médio porte, foi achada durante uma perícia realizada na casa onde estava hospedada a vítima e em regiões vizinhas. As informações são do inspetor Marcos Cerqueira, da 167ª DP.

"Não podemos afirmar que foi esta embarcação que atingiu e matou o alemão. Testemunhas viram o barco passando na região no momento do acidente, mas ainda precisamos comparar se os cortes sofridos pela vítima são compatíveis com o tamanho da hélice", disse o inspetor, ressaltando que não foram encontrados vestígios de sangue no barco.

Segundo a delegacia, Christian Wölffer estava nadando na rota das embarcações no momento do acidente. "Ele estava a mais de 200 metros, bem na rota dos barcos e lanchas. Fazia um tempo nublado no dia do acidente. Pode ser que até o comandante da embarcação não tenha visto o alemão quando bateu nele, mas isso tudo tem que ser averiguado", disse.

A Capitania dos Portos informou que só vai se pronunciar sobre o caso no final do inquérito.

A data do depoimento dos atores Rodrigo Hilbert e Fernanda Lima também não foi divulgada. Os dois estavam na mesma casa que o alemão estava hospedado e ajudaram a socorrer a vítima após o acidente.

Cortes provocaram morte, diz laudo

Na manhã desta segunda, o delegado informou que o laudo do Instituto Médico Legal (IML) aponta que o empresário alemão Christian Wölffer morreu por causa de dois cortes profundos e um superficial, que provocaram intensa hemorragia.

O Laboratório Técnico de Embalsamamento e Formolização, responsável por embalsamar o corpo de Christian Wölffer, já havia informado que o empresário havia morrido de anemia aguda por hemorragia interna.

"O laudo não diz o que provocou o corte, mas é bem possível que tenha sido provocado por uma embarcação de pequeno porte. No entanto, não descartamos a possibilidade do ferimento ter sido provocado por um barco maior", disse.

O delegado informou que o barco encontrado em Angra dos Reis pode ter participado do acidente que matou o empresário alemão. A embarcação foi localizada no último final de semana.

"Vamos realizar uma perícia neste bote para ver ele tem relação com o acidente. Queremos também localizar o proprietário desta embarcação", disse Alesandro, não informando se o proprietário do bote foi encontrado durante as diligências realizadas nesta segunda.

Testemunhas não viram barco

Segundo o delegado Alesandro Petralanda, da 167ª DP, seis pessoas já foram ouvidas, entre elas algumas que estavam na casa com o alemão.

Nesta segunda, o empresário Luiz Pastore, que hospedou Wölffer, disse em depoimento ao delegado que a casa foi alugada para o réveillon deste ano e que não presenciou o acidente.

"Não há testemunha ocular do acidente. As testemunhas que estavam na casa dizem que não viram nenhuma embarcação nem antes nem depois do acidente", ressaltou.

Polícia investiga álibi

A polícia disse que vai investigar os álibis apresentados no domingo (4) pelo professor de educação física que negou envolvimento na morte do empresário alemão.

Segundo o inspetor Marcos Cerqueira, da 167ª DP, não houve contradições nos depoimentos, mas o professor, de 28 anos, ainda é considerado suspeito de estar na embarcação que teria atingido a vítima.

Empresário de vinhos

Christian Wölffer morava nos Estados Unidos onde tinha um dos vinhedos mais conhecidos do mundo, nos Hamptons, em Nova York. Ele conta em seu site que herdou do pai a paixão pelo vinho, e que não tinha experiência neste ramo quando começou o negócio, em 1987.

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