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Turfe

Do glamour à paixão pela velocidade

Tombado pelo patrimônio histórico, o hipódromo de Ponta Grossa recebe, no domingo, evento em homenagem aos 191 anos da cidade

O hipódromo de Ponta Grossa é o único com pista oval em funcionamento no estado | Fotos: Josué Teixeira/Gazeta do Povo
O hipódromo de Ponta Grossa é o único com pista oval em funcionamento no estado (Foto: Fotos: Josué Teixeira/Gazeta do Povo)
Roberto Nascimento, presidente do Jockey de Ponta Grossa |

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Roberto Nascimento, presidente do Jockey de Ponta Grossa

Mancebo Galante, Nave de Ouro e Escudo di Amor são alguns dos nomes pitorescos de cavalos que vão disputar, no domingo, o Grande Prêmio de turfe em Ponta Grossa. O evento – uma homenagem aos 191 anos da cidade dos Campos Gerais – ganha ainda mais relevância após o fechamento do Jockey Club do Paraná, no bairro Tarumã, em Curitiba, ocorrido há sete meses.

No Brasil, há apenas 16 hipódromos cadastrados no Ministério da Agricultura. O único com pista oval em pleno funcionamento no Paraná fica em Ponta Grossa. Conforme o presidente do Jockey de Ponta Grossa, Roberto Cunha Nascimento, os turfistas de Curitiba já participavam das corridas – ou reuniões, como se chama no turfe – antes do fechamento do hipódromo do Tarumã, mas agora o movimento aumentou. Em cada disputa, que ocorre uma vez por mês, o hipódromo recebe entre três mil e quatro mil pessoas.

Tombado pelo patrimônio histórico do município, o hipódromo de Ponta Grossa sempre foi um palco para a elite local. Empresários, fazendeiros e suas elegantes esposas eram figuras recorrentes por ali, principalmente nos tempos áureos do jóquei. "Cada corrida reunia a nata da sociedade. As mulheres iam para desfilar seus chapéus e saltos altos", comenta a historiadora Isolde Maria Waldmann, que levantou a história do hipódromo para o processo de tombamento. Hoje, segundo Roberto Nascimento, o público é diversificado. "É uma opção de passeio para a família, tem segurança, tem lanchonete, tem banheiros", enumera.

Aposta

Como se não bastasse o clima sofisticado que o turfe transmite, a velocidade dos animais embala a casa de apostas. A aposta mínima custa R$ 2, mas há diversos tipos de jogos que podem ser feitos: do placê (quando o cavalo escolhido chega entre os dois primeiros colocados em um páreo) à trifeta, que consiste em acertar a ordem dos três primeiros colocados do páreo.

Apesar de o valor inicial ser irrisório, o setor movimenta um negócio milionário no país. "Se pegarmos as 20 corridas que têm por dia nos jóqueis de São Paulo e Rio de Janeiro, dá quase R$ 1 milhão em apostas", explica o narrador e leiloeiro de turfe Diomar Alceu Taques Guimarães. No domingo, em Ponta Grossa, o prêmio do oitavo e último páreo é de R$ 10 mil para o vencedor.

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