Jockey Club do Paraná pode reabrir ainda neste ano
Interditado para corridas em fevereiro após ter a carta-patente (uma concessão do Ministério da Agricultura) revogada, o Jockey Club do Paraná, que é o segundo mais antigo do país, pode reabrir neste ano. É a expectativa do atual presidente, Cresus Aurélio Wagner Camargo. Ele conta que o Jockey abriu processo para uma nova carta-patente, já que o Ministério não iria retroceder na revogação do antigo documento. A nova documentação já foi entregue e uma vistoria foi feita neste mês. "No fim de setembro ou começo de outubro deve sair uma resposta do Ministério", diz Camargo.
O Grande Prêmio, que ocorre tradicionalmente em setembro, deve ser adiado para dezembro. Segundo Camargo, não será feita nenhuma obra no hipódromo, já que a pendência está apenas na documentação. A assessoria do Ministério da Agricultura informou que entre as exigências para serem cumpridas estão: terreno próprio, plano de apostas, apêndice do Código Nacional de Corridas; planta baixa do jockey, e infraestrutura necessária para a realização de corridas.
Serviço
Jockey Club de Ponta Grossa: Rua Pereira Passos, 300. Os páreos ocorrem no domingo, a partir das 13h30. A entrada é franca e a aposta mínima custa R$ 2.
Programação
Clique aqui e confira a programação do evento deste domingo (14), em Ponta Grossa
Mancebo Galante, Nave de Ouro e Escudo di Amor são alguns dos nomes pitorescos de cavalos que vão disputar, no domingo, o Grande Prêmio de turfe em Ponta Grossa. O evento uma homenagem aos 191 anos da cidade dos Campos Gerais ganha ainda mais relevância após o fechamento do Jockey Club do Paraná, no bairro Tarumã, em Curitiba, ocorrido há sete meses.
No Brasil, há apenas 16 hipódromos cadastrados no Ministério da Agricultura. O único com pista oval em pleno funcionamento no Paraná fica em Ponta Grossa. Conforme o presidente do Jockey de Ponta Grossa, Roberto Cunha Nascimento, os turfistas de Curitiba já participavam das corridas ou reuniões, como se chama no turfe antes do fechamento do hipódromo do Tarumã, mas agora o movimento aumentou. Em cada disputa, que ocorre uma vez por mês, o hipódromo recebe entre três mil e quatro mil pessoas.
Tombado pelo patrimônio histórico do município, o hipódromo de Ponta Grossa sempre foi um palco para a elite local. Empresários, fazendeiros e suas elegantes esposas eram figuras recorrentes por ali, principalmente nos tempos áureos do jóquei. "Cada corrida reunia a nata da sociedade. As mulheres iam para desfilar seus chapéus e saltos altos", comenta a historiadora Isolde Maria Waldmann, que levantou a história do hipódromo para o processo de tombamento. Hoje, segundo Roberto Nascimento, o público é diversificado. "É uma opção de passeio para a família, tem segurança, tem lanchonete, tem banheiros", enumera.
Aposta
Como se não bastasse o clima sofisticado que o turfe transmite, a velocidade dos animais embala a casa de apostas. A aposta mínima custa R$ 2, mas há diversos tipos de jogos que podem ser feitos: do placê (quando o cavalo escolhido chega entre os dois primeiros colocados em um páreo) à trifeta, que consiste em acertar a ordem dos três primeiros colocados do páreo.
Apesar de o valor inicial ser irrisório, o setor movimenta um negócio milionário no país. "Se pegarmos as 20 corridas que têm por dia nos jóqueis de São Paulo e Rio de Janeiro, dá quase R$ 1 milhão em apostas", explica o narrador e leiloeiro de turfe Diomar Alceu Taques Guimarães. No domingo, em Ponta Grossa, o prêmio do oitavo e último páreo é de R$ 10 mil para o vencedor.
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