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“A gente já sentou em mesas de negociações com o poder público. O problema é que o governo deveria cumprir os compromissos assumidos.”Marlei Fernandes, presidente da Associação dos Professores do Paraná (APP-Sindicato). | Divulgação
“A gente já sentou em mesas de negociações com o poder público. O problema é que o governo deveria cumprir os compromissos assumidos.”Marlei Fernandes, presidente da Associação dos Professores do Paraná (APP-Sindicato).| Foto: Divulgação

Bandeiras

Veja as principais reivindicações dos professores do estado:

• Hora-atividade: entidade quer ampliação imediata para 33% de hora-atividade, tempo para que o professor realize atividades fora da sala de aula. Segundo a APP, para o docente que atua 20 horas semanais, a hora-atividade deveria ser de sete horas semanais; hoje são seis.

• Piso Nacional: para este ano, o Ministério da Educação anunciou 8,32% de reajuste do Piso Salarial Profissional Nacional. A APP afirma que o governo estadual não fez esse reajuste e só aumentará em torno de 6% o salário da categoria.

• Reajuste dos funcionários: correção dos salários dos funcionários de escolas este ano, conforme o índice do Piso Regional de 7,34%.

• Pagamento atrasado: a APP alega que governo do estado deve mais de R$ 100 milhões aos professores e funcionários em promoções e progressões.

• Concurso público: o sindicato reivindica a realização de novos concursos públicos para professores e funcionários.

• Infraestrutura adequada nas escolas: os professores querem reformas e ampliações para atender às demandas dos colégios.

Com a greve de professores e funcionários dos colégios públicos estaduais marcada para o próximo dia 23, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) mantém aberta a possibilidade de novos diálogos entre a categoria e o governo estadual. "Nós esperamos que o governo tenha disposição e bom senso para debater as questões com propostas efetivas", ressalta a presidente do sindicato, Marlei Fernandes.

Ela revela que a partir da próxima quarta-feira cerca de 70% dos 100 mil professores e funcionários da rede estadual vão paralisar as atividades. "A gente já sentou em mesas de negociações com o poder público. O problema é que o governo deveria cumprir os compromissos assumidos", diz.

A sindicalista rebate as afirmações do secretário estadual de Educação, Paulo Afonso Schmidt, publicadas ontem pela Gazeta do Povo. Ele não admite, por exemplo, que o governo seja acusado de não cumprir a Lei do Piso, já que a própria Justiça teria confirmado que a política do estado atende às exigências legais. "Não é do jeito que o secretário falou. A lei não está sendo cumprida". Para este ano, foi anunciado pelo Ministério da Educação (MEC), o reajuste de 8,32% no Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN).

"O governo não quer nem pagar esses 8,32%. Querem pagar só o reajuste da data-base, que deve ficar em torno de 6%. A APP defende, porém, que o índice a ser aplicado seja o de 10,6%, defendido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação", explica Marlei.

Outro ponto que a presidente da APP-Sindicato rebate diz respeito às horas-atividades. Segundo o secretário, os professores já apresentam um índice que chega a 40% da jornada do professor sem interação com alunos, portanto maior do que os 33% de que a lei prevê. A legislação determina que o professor tenha dois terços do tempo em interação com os alunos e um terço dedicado para atividades fora da sala de aula, como correção de provas e preparação das aulas.

"No Paraná, as aulas possuem 50 minutos. Dessa forma para cada 20 horas semanais de trabalho seriam necessárias sete horas de hora-atividade. Hoje são seis horas", enfatiza Marlei.

Greve

A presidente do APP-Sindicato explica ainda que outra cobrança é para que a se melhore a infraestrutura das escolas, que possuem instalações velhas, perigosas ou insuficientes. Segundo ela, a greve está mantida e só será interrompida quando o governo estadual ceder às reivindicações da categoria. "Enquanto isso, as aulas serão interrompidas. Os pais dos estudantes já foram avisados. Estamos fazendo isso para cobrar melhorias na educação pública do Paraná."

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