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Dois adolescentes acusados de envolvimento com o assassinato de um travesti foram apreendidos na madrugada de quarta-feira (25) na Lapa, na região metropolitana de Curitiba (RMC). Ambos têm 16 anos e, segundo a polícia, tentaram assaltar a vítima antes de matá-la, caracterizando um latrocínio.

De acordo com informações da delegacia do município, os suspeitos abordaram dois travestis e fingiram estar interessados em um programa. Depois de levar os homossexuais para uma região isolada do bairro Cohapar, eles teriam dado voz de assalto. Os jovens detidos alegaram à polícia que atiraram contra as duas pessoas depois que uma delas teria ameaçado reagir à abordagem dos adolescentes. Os disparos atingiram fatalmente um dos travestis, conhecido como "Emanuele". A outra vítima conseguiu fugir.

Segundo a polícia civil da Lapa, as autoridades chegaram até os dois rapazes na mesma madrugada do crime com a ajuda de um terceiro adolescente, que teria se recusado a participar do assalto. Depois de ouvir os tiros disparados pelos colegas, ele decidiu ligar para a polícia.

Após a apreensão dos menores de idade, foi constatado que, no momento do crime, um dos acusados estava portando um revólver calibre 22 e o outro estava com uma arma de fogo falsa, de plástico. A polícia informou que os dois foram reconhecidos pelo travesti que conseguiu escapar dos suspeitos. A dupla foi encaminhada provisoriamente para uma cela especial na delegacia de Contenda, também na RMC.

Seis crimes contra homossexuais em Curitiba

Neste ano, seis crimes contra homossexuais já foram cometidos em Curitiba. O último ocorreu em 21 de junho, quando Gabriel Henrique Furquim, de 33 anos, militante de um grupo gay, foi encontrado morto às margens da Rodovia dos Minérios, no bairro Abranches.

No dia 13 de junho, a travesti Rafaele foi assassinada em uma pensão no bairro Rebouças. Outras duas pessoas ficaram feridas durante a execução do crime, cometido por três homens armados. As outras mortes de travestis aconteceram no Centro da cidade, no bairro Mercês e também no Trevo do Atuba entre os dias 27 de abril e 26 de maio. Estes quatro últimos assassinatos foram atribuídos à quadrilha do traficante Hirosshe de Assis Eda, conhecido como Japonês.

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