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Dois hospitais da região Oeste do Paraná tiveram setores interditados nesta segunda-feira (20), depois de vistorias da Vigilância Sanitária da 20ª Regional de Saúde de Toledo. No Hospital Nossa Senhora Aparecida, em São José das Palmeiras, o órgão requisitou modernização da lavanderia e da sala de esterilização. Já no Hospital Municipal e Maternidade Menino Jesus, em Diamante d'Oeste, foram detectados problemas na lavanderia e falta de farmacêuticos para administrar os medicamentos.

De acordo com o diretor da regional, Odacir Fiorentin, a primeira vistoria no Hospital Municipal de Diamante D’Oeste foi feita em julho. "Constatou-se que o hospital não fez as adequações solicitadas", disse. A solução que o hospital encontrou foi terceirizar o serviço de lavanderia e colocar mais profissionais para atuar no setor de medicamentos. Segundo Fiorentin, o atendimento já foi normalizado.

Em São José das Palmeiras, além da lavanderia, o Hospital Nossa Senhora Aparecida apresentou problemas no setor de materiais hospitalares. De acordo com o diretor da regional, o hospital privado não apresentou os contratos de manutenção dos materiais. "Os contratos dão garantia para a área sanitária que os equipamentos estão sendo esterilizados", disse Fiotentin.

Ainda de acordo com o diretor da regional, a interdição dos dois hospitais não deve causar transtornos à população. "A demanda não é expressiva e o impacto é mínimo", disse. Os pacientes estão sendo encaminhados para outros hospitais da região. O Hospital Nossa Senhora Aparecida deve voltar a atender nos próximos dias.

Outro lado

O médico e proprietário do Hospital Nossa Senhora Aparecida, em São José das Palmeiras, Miguel Juri Restom Junior, diz que as cobranças por parte da Vigilância Sanitária são importantes, mas descabidas para a atual realidade. "Como que eles querem que eu faça uma saúde de primeiro mundo com recursos de décimo mundo?", indaga o médico. "O hospital é pequeno, com apenas 14 leitos e 23 internamentos pelo SUS, mas mesmo assim atendemos 4 mil pessoas do município e mais 2,6 mil da cidade vizinha de São Pedro do Iguaçu com um repasse de apenas R$ 10 mil. Não tem como acompanhar e modernizar lavanderia e sala de esterilização", confidencia o médico, que pode até fechar as portas do hospital, já que não dispõe de meios para atender às notificações da Vigilância Sanitária.

Já a secretária municipal de saúde de Diamante d'Oeste, Claudete Cantera, informa que a prefeitura já está reformando parte do Hospital Municipal e Maternidade Menino Jesus e estuda contratar um farmacêutico, ao invés de um enfermeiro, para administrar os remédios. Com relação aos serviços da lavanderia, a pasta decidiu terceirizar o trabalho com uma empresa de Cascavel, por meio de um contrato emergencial de 4 meses, até terminar a licitação.

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