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Barracos na invasão do Guarituba, em Piraquara: lotes demarcados em área de preservação ambiental | Priscila Forone/Gazeta do Povo
Barracos na invasão do Guarituba, em Piraquara: lotes demarcados em área de preservação ambiental| Foto: Priscila Forone/Gazeta do Povo

Veja a matéria do ParanáTV sobre a invasão no Guarituba

Os proprietários da área invadida no bairro Guarituba, em Piraquara, região metropolitana de Curitiba, durante o feriado de Nossa Senhora Aparecida, devem entrar com pedido de reintegração de posse ainda nesta semana. A invasão, que começou na sexta-feira (8), ocupa uma área de dois hectares em uma região de preservação ambiental e ameaça a continuidade do projeto de reurbanização do local, desenvolvido pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.

Para tentar resolver o impasse, uma reunião entre a prefeitura de Piraquara, a Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) e os líderes do movimento foi realizada na manhã desta quarta-feira (13). Durante o encontro, foi decidido que o primeiro passo é identificar se as famílias que estão ocupando a região irregularmente também estão cadastradas na lista de beneficiários da Cohapar. Para realizar a checagem, uma nova reunião foi marcada para a sexta-feira (15).

Invasão

Pelo menos 100 famílias estão ocupando uma área no Guarituba que fica próxima às obras do maior projeto do PAC no estado. Cerca de 55 mil pessoas vivem no local – 70% delas sem o título de posse dos terrenos. O PAC prevê a regularização da situação de quase 9 mil famílias no local.

O secretário do Meio Ambiente de Piraquara, Gilmar Clavisso, diz que solicitou às famílias que saíssem do local e pediu auxílio da Polícia Militar e do governo do estado, já que a legislação proíbe a ocupação do terreno. "A área é insalubre. Funciona como uma esponja e está sujeita a enchentes. Sem contar que a turfa [material vegetal parcialmente decomposto encontrado em pântanos e montanhas], presente no solo, pode provocar queimadas em épocas de seca", afirma.

As pessoas que vão à área invadida têm a esperança de conseguir uma casa própria, com documentação. Os interessados preenchem um cadastro feito pela Associação de Proteção e Desenvolvimento dos Moradores e depois já podem ocupar os lotes demarcados. A promessa é de que os terrenos serão liberados e regularizados.

Um dos coordenadores do movimento, que prefere não ter seu nome revelado, garante que não há interesses políticos por trás da invasão. "Somos moradores do Guarituba e queremos chamar a atenção da Cohapar para a nossa situação. São famílias que não têm onde morar e não serão beneficiadas com as obras do PAC. Só recebemos promessas até agora", afirma.

Bairro

Área de preservação ambiental que começou a ser ocupada no fim da década de 1990, o Guarituba, foi dividido em duas zonas. Na primeira, de adensamento urbano e passível de regularização, estão as obras do PAC, que beneficiarão 8.090 famílias. A outra área, que foi invadida durante o feriado, é de restrição ambiental. As 800 famílias que moravam nessa área em 2007, quando o projeto foi assinado, ganharão novas casas em outros locais.

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