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Veja o nome dos 13 policiais militares que tiveram a prisão decretada

- 2º Tenente Otávio Lucio Roncáglio- Cabo Josué Antônio do Nascimento Martins- Soldado João Carlos da Silveira- Soldado Wagner Vinicius Mendes- Soldado Rafael Luiz Martins- Soldado Marcio Luiz Biscaia- Soldado Marcio José Kinap- Soldado Elcio Cavalheiro- Soldado Luis Carlos Carstenzen (ainda procurado)- Soldado Claiton Magalhães- Soldado Vanderlei Camargo Delgado- Soldado Marcio Silva de Oliveira- Soldado Daniel Alves David

Outra investigação em andamento

Mais um confronto entre PMs e suspeitos está sendo investigado. Um Inquérito Policial Militar (IPM) foi instaurado para apurar a morte de dois rapazes no último dia 28 de setembro em um suposto tiroteio com oficiais da Rondas Ostensivas de Naturezas Especiais (Rone).

Segundo a PM, os policiais avistaram dois jovens suspeitos em uma motocicleta no bairro Santa Cândida, em Curitiba. Após uma tentativa de abordagem, os rapazes teriam iniciado uma fuga. Na Rua Abel Scuissiato, nas proximidades do bairro Atuba, em Colombo, eles bateram a moto e teriam atirado contra os oficiais. A equipe da Rone revidou os disparou e atingiu os dois suspeitos.

Testemunhas do confronto dizem que os dois rapazes não atiraram contra a equipe da Rone e não tiveram a chance de se identificar. Uma pessoa que acompanhou a ação gravou no celular imagens que mostram que, mesmo depois que os suspeitos já haviam sido baleados, os policiais ainda dispararam vários tiros.

O IPM tem até o próximo dia 8 de novembro para ser encerrado, mas pode ser prorrogado por mais 20, caso o Comando de Policiamento da Capital julgue necessário.

Foram presos na tarde desta sexta-feira (30), 12 policiais militares envolvidos em um suposto confronto com cinco jovens no bairro Alto da Glória, em Curitiba. Eles são suspeitos de executar os rapazes, no último dia 11 de setembro, em um matagal no Santa Cândida. De acordo com a Agência Estadual de Notícias (AEN), órgão oficial de comunicação do governo paranaense, mais um policial também teve a prisão decretada, mas, até às 19h, ainda não havia sido detido.

Os policiais haviam alegado que iniciaram uma perseguição depois que avistaram o grupo em um carro roubado. Depois de percorrer várias ruas, eles teriam furado um bloqueio policial montado pela equipe da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) . Segundo a versão dos policiais, no Alto da Glória, o Volkswagen Gol bateu em uma mureta e os jovens saíram do carro efetuando diversos disparos. Na troca de tiros, eles acabaram mortos.

O transporte das vítimas para o Hospital Cajuru foi realizado pelas próprias autoridades, o que gerou polêmica. O coronel Jorge Costa Filho, comandante do policiamento da capital, declarou na ocasião que isso havia acontecido para que os jovens fossem atendidos mais rápido. No dia 14 de setembro, o governador Roberto Requião (PMDB) determinou que todas as pessoas feridas em confrontos armados com a PM devem ser atendidas pelo Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate).

Apuração final

O Inquérito Policial Militar (IPM), instaurado pelo Comando do Policiamento da Capital no dia das mortes, apurou que esta versão seria mentirosa. As investigações apontaram que depois de bater o veículo, os jovens se renderam e não atiraram contra os policiais. Eles foram feridos e algemados. O aparelho rastreador instalado na viatura da PM revelou que, antes de conduzir as vítimas para o hospital, os oficiais da Rotam pararam em um matagal no Santa Cândida, onde provavelmente os suspeitos foram executados.

Os rapazes mortos foram Josemar Bernardo, de 21 anos, Thobias Rosa Lima, 19, o irmão dele de 17 anos, Éderson Miranda, 22, além de um adolescente de 14 anos.

"As provas colhidas durante a investigação demonstram indícios muito fortes de que houve execução, contrariando a primeira versão dos policiais. Isso é uma atitude de bandidos e não de policiais", declarou à AEN, o secretário da Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari, que nesta semana esteve na Assembleia Legislativa respondendo a questionamentos relacionados à violência no estado.

A AEN informou que o pedido de prisão foi feito pela PM e aceito pelo juiz Davi Pinto de Almeida que expediu a medida cautelar restritiva de liberdade contra os 13 policiais militares. O local onde eles estão presos não será divulgado por questões de segurança.

O Ministério Público do Paraná (MP-PR), que acompanhou o IPM, aguarda alguns laudos técnicos para, assim como a PM, concluir as investigações. Caso o homicídio seja comprovado, os policiais vão responder pelas mortes na Justiça Comum.

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