A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) já exonerou 12 policiais neste ano por condutas irregulares. No dia 25 de abril, por meio de um decreto publicado no Diário Oficial do Estado, oito policiais foram demitidos, entre eles o superintendente da delegacia de Campo Mourão, Job da Luz de Freitas. Ele foi acusado de ter furtado um rádio-comunicador (HT) da delegacia do Alto Maracanã, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba. O furto teria ocorrido em 2005, quando ele era superintendente da delegacia.
Na tentativa de repor o aparelho, Freitas teria furtado outro rádio, da delegacia de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, para onde havia sido transferido. "Foi uma negligência. Ao ser transferido da delegacia de Alto Maracanã, fiquei com o rádio da delegacia de Pinhais. Ao devolver, fiz confusão e troquei, entregando o HT de Pinhais em Alto Maracanã e vice-versa", disse Freitas. Segundo ele, o erro custou 27 anos de trabalho na corporação. "Já recorri da decisão e vou provar que não houve furto qualificado e sim uma negligência".
Dois investigadores que estavam lotados na 10.ª Subdivisão de Londrina, no Norte do estado, Adriano Rogério Perez e Genivaldo Alves de Almeida, foram demitidos no mesmo dia, acusados de extorsão. O escrivão Fernando Borges de Souza foi excluído por ter sido flagrado com cerca de 20 quilos de maconha em um veículo particular com placas de Dois Vizinhos e o investigador Luciano Castellano perdeu o cargo por conduta irregular. Segundo a Sesp, ele teria divulgado documentos apócrifos para tentar atingir a imagem de uma colega de faculdade.
Outros três policiais civis os investigadores Selmiro Howeler, Viviane Machado Soares e Deize do Rosio dos Santos foram demitidos por faltas consecutivas, sem justificativas, entre julho e setembro de 2001. A Sesp não informou o local de trabalho desses policiais.
Quatro militares
Também foram expulsos este ano quatro policiais militares acusados de participação na morte do carregador Jamys Smith da Silva, no dia 18 de maio de 2005, em Londrina. São eles: os soldados Marco Aurélio da Silva Barbosa, Juliano Ferraz Dias, Sérgio Marcelo Souza Pinto e Jhanivaldo Zanin.
Policiais que cometem crimes ou transgressões disciplinares são investigados pela Corregedoria da Polícia Civil. A investigação é encaminhada para um delegado indicado pela Corregedoria. O Conselho da Polícia Civil, que é formado por delegados, dois promotores e um procurador, decide se os acusados serão expulsos, repreendidos ou suspensos. Depois disso, um conselheiro analisa o caso. Quando se trata de um caso de demissão, o processo é enviado para a Sesp e posteriormente para o governador, que assina o decreto de demissão do servidor.
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