Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Curitiba

Dupla acusada de assaltar farmácia diz que foi presa injustamente

Homens foram apresentados oficialmente pela PM, acusados de serem os autores do crime. Horas depois, no entanto, eles foram postos em liberdade

Dois homens que foram apresentados pela Polícia Militar (PM)acusados de terem assaltado uma farmácia da rede Nissei no bairro Água Verde, em Curitiba, alegaram, nesta quinta-feira (24), que são inocentes e que foram presos injustamente. A dupla chegou a permanecer detida por cerca de quatro horas na quarta-feira (23), mas foi posta em liberdade ainda naquela data.

"Não foram apresentadas provas contundentes contra a gente. Agora, vamos buscar nossos direitos e processar o estado", disse um dos acusados, o motorista Jean Carlo Delfino, de 25 anos, nesta quinta-feira (24). "Eu sempre trabalhei e nunca precisei roubar", afirmou o outro acusado, o estudante universitário Bruno Alexandre Calixto, de 26 anos.

O caso

O roubo do qual a dupla foi acusada ocorreu por volta das 11 horas, em uma drogaria situada na Avenida Iguaçu. Dois homens armados invadiram o estabelecimento, efetuaram o assalto e fugiram em um Palio prata, cuja placa foi anotada por uma testemunha.

Pela numeração, a PM consultou o registro do carro, que estava em nome de Delfino. Policiais do 12º Batalhão foram a casa dele, que negou participação no crime e disse que havia vendido o carro ao irmão de Calixto. A polícia, no entanto, optou por encaminhar a dupla à Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) para averiguação.

Segundo a PM, dois funcionários da farmácia reconheceram Delfino e Calixto como autores do roubo. Com o reconhecimento, a polícia apresentou oficialmente a dupla, apontando-a como responsável pelo assalto.

Liberdade

A Polícia Civil informou, no entanto, que no início da noite de quarta outra vítima foi à delegacia e demonstrou dúvidas durante o ato de reconhecimento dos acusados. Segundo o delegado Rodrigo Brown de Oliveira, da DFR, os álibis apresentados por Delfino e Calixto foram confirmados por familiares. Por isso, a polícia optou por liberá-los.

"Não foi excluída a possibilidade de eles terem participado do crime. Eles permanecem indiciados pelo assalto e vão responder ao processo na qualidade de autores, até que surjam elementos que excluam essas evidências. O que ocorre é que, diante dos álibis e da dúvida de uma testemunha, optamos por liberá-los até que as investigações sejam concluídas", explicou o delegado.

Alegações

Delfino disse que na hora do assalto estava no Centro, acompanhando a namorada que distribuía currículos em edifícios comerciais. "Com certeza, deve ter imagens de câmeras de segurança em algum desses prédios, que comprovem", apontou.

Calixto alega que estava em casa, com a família, no bairro Santa Felicidade, no instante em que o crime ocorreu. "Eu tenho dez anos de carteira assinada, sou estudante universitário. Eu não iria roubar", disse. Nenhum dos dois tinha passagem pela polícia.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.