Violência Presidente volta a dizer que é contra a redução da maioridade
Brasília Num momento em que o país discute propostas para combater a criminalidade, entre elas a redução da maioridade penal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que o país precisa dar cidadania ao "estoque de 3 milhões de jovens" que estão fora do mercado de trabalho e da escola, em vez de perpetuar a exclusão.
Mais uma vez, ele afirmou que é contra a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. "Ao invés de ficarmos discutindo apenas as exceções que devem ser punidas, precisamos cuidar dos que representam a regra: jovens pobres que precisam estudar", disse.
Discurso
Lula disse que é preciso evitar o discurso de que a única saída é a punição e atribuiu a situação que vivem hoje os jovens a uma política de educação voltada para "as castas privilegiadas".
"O que não quero é que a gente permita que cresça no Brasil a idéia de que a única solução para esses jovens é puni-los", disse o presidente.
Brasília O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem, em discurso no Palácio do Planalto, que o sistema educacional brasileiro está "entre os piores do mundo".
Em reunião com educadores, o presidente, ao falar das medidas que pretende adotar na área do ensino, disse que quer acelerar "uma grande reforma" para o setor.
"A experiência acumulada mostra que o Estado brasileiro, ao longo das últimas décadas, não deu respostas (para os problemas da educação). Houve a universalização do ensino, mas não houve um acompanhamento da melhoria da qualidade da educação. Então, estamos entre os piores do mundo", declarou o presidente, falando a professores, reitores, pedagogos e ex-secretários de Educação. Lula disse que o que pretende anunciar para a área de ensino "não é um Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Quero apressar uma grande reforma não sei se a palavra é grande reforma para a educação brasileira."
O encontro com educadores foi para debater o Plano de Desenvolvimento da Educação, que prevê investimentos de R$ 8 bilhões nos próximos quatro anos na melhoria da qualidade do ensino, especialmente o fundamental.
Ajuda
No discurso, Lula disse que pediu ao ministro da Educação, Fernando Haddad, que convide ex-ministros da Educação como Paulo Renato, Cristovam Buarque e Murilo Hingel para debater a "grande reforma" do setor educacional.
No entender do presidente, as crianças, nas escolas brasileiras, precisam ser avaliadas "mensalmente, semanalmente e diariamente". "Talvez, das pessoas, aqui, eu seja a menos qualificada para discutir educação. Estou aqui apenas apresentando uma demanda", comentou.
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