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Veja que religioso diz ter sido mal interpretado pelos jovens

Dois dias depois de ser indiciado pelos crimes de estupro de vulnerável e ato libidinoso com fraude, o padre José Afonso Dé, de 74 anos, voltou a negar nesta quarta-feira (14), em Franca, a 400 km de São Paulo, as acusações feitas por adolescentes entre 12 e 16 anos. De acordo com o advogado do pároco, Eduardo Caleiro Palma, o religioso afirma que não foi bem interpretado pelos jovens e que seu jeito pode ter confundido os adolescentes.

O padre afirma que é uma pessoa expansiva que abraça as pessoas e por vezes pode beijar alguém no rosto, nada além disso. Segundo seu advogado, as recentes denúncias contra a Igreja Católica em casos de pedofilia podem ter causado a reação contra padre Dé.

O religioso se diz uma pessoa com ideologias firmes que muitas vezes vão contra a própria Igreja. "Ele, por exemplo, batiza filhos de pessoas que não são católicas", diz Palma. "Mas ele afirma que tem sua forma de pensar e não vai mudar."

O padre deu sua primeira entrevista após ser indiciado nesta quarta para jornalistas da região de Franca.

Padre Dé atuava na Paróquia São Vicente de Paulo, na periferia da cidade, e está afastado de suas funções religiosas desde o começo das investigações. A denúncia começou a ser investigada em março, após o caso chegar ao Conselho Tutelar.

Desde então, não pôde celebrar missas, batizados ou casamentos desde então. Após o escândalo, surgiram denúncias contra padre Dé em cidades onde ele atuou anteriormente.

Padre Dé nega todas as acusações. Na segunda-feira (12), prestou depoimento durante oito horas e afirmou ser inocente. Em entrevista ao G1, também refutou qualquer abuso. "Eu sou inocente dessa acusação. Nunca cometi nenhum abuso sexual com ninguém", disse, na quinta (8), em Franca, antes de ser indiciado.

Na terça-feira (13), a delegada responsável pelo inquérito do caso afirmou ao G1 que indiciar o padre é um peso grande e como ele representa a Igreja para uma comunidade inteira, a responsabilidade é ainda maior. Ela, porém, afirmou estar certa que havia as provas necessários para indiciar o padre.

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