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Luís Carlos desembarca em Foz do Iguaçu com o neto e a esposa Silvia | Christian Rizzi/ Gazeta do Povo
Luís Carlos desembarca em Foz do Iguaçu com o neto e a esposa Silvia| Foto: Christian Rizzi/ Gazeta do Povo

Foz do Iguaçu - O bebê de quatro meses apontado como filho do goleiro Bruno, do Flamengo, desembarcou ontem à tarde, em Foz do Iguaçu, acompanhado do avô Luís Carlos Samudio, 43 anos, e da esposa dele, Silvia. Luís é pai de Eliza Samudio, 25 anos, mãe da criança que está desaparecida há três semanas. O microempresário afirmou ontem não ter esperanças de rever a filha viva. Ele quer voltar a Minas Gerais até o fim de semana para acompanhar as investigações, mas agora a prioridade será cuidar do menino e obter a guarda definitiva.

O senhor tem esperanças de rever sua filha viva?

Uma mãe não abandona um filho lactante. Todos os indícios me levam a crer que ela está morta. Tenho certeza absoluta de que o Bruno realmente deu um fim na minha filha.

Por que diz isso?

Por causa de todas as ameaças que ela sofreu. Tem uma reportagem na internet de quando ela registrou queixa contra ele na Delegacia da Mulher, no Rio de Janeiro, quando estava com cinco meses de gravidez. Ela relatou que sofreu agressão do Bruno, foi ameaçada de morte e que ele tentou fazer com que ela tomasse remédios abortivos para evitar que a criança nascesse. Nessa mesma entrevista, Eliza diz que o Bruno prometeu que, assim que baixasse a poeira, ia dar um fim nela. Ele ameaçou as amigas e a família dela.

Que explicação o senhor dá para tanta ameaça?

Creio que seja por causa de dinheiro. Só pode ser dinheiro, porque a menina estava requerendo o reconhecimento da paternidade. Era simplesmente isso, mais nada.

O senhor sabia do namoro dos dois?

Sim, desde o começo. Sempre foi tumultuado porque logo de cara apareceu a gravidez indesejada. Ela era apaixonada por ele. Tanto que o meu neto ela registrou com o nome do pai, Bruno, mas sem o sobrenome, porque ele ainda não foi reconhecido.

Quando foi a última vez que vocês conversaram?

Faz mais ou menos 30 dias. Ela estava em São Paulo. Disse para a minha esposa que estava feliz porque finalmente o Bruno ia acertar com ela a situação da criança, que ia reconhecer a paternidade. Por causa disso, ele conseguiu levar minha filha para Minas Gerais. Segundo as amigas com quem ela vivia no Rio de Janeiro, o Bruno mandou chamar a Eliza para que ela fosse a Belo Horizonte, dizendo que ia alugar um apartamento para ela, para levar o filho, que lá moram os parentes dele e que assim a criança ficaria perto dos parentes dele.

E o que ela disse?

Ela ficou toda feliz. Avisou que a papelada estava quase pronta e que, assim que ficasse tudo pronto, viria para Foz do Iguaçu passar uns dias com a gente. Até então, só conhecia meu neto por foto. Ela costumava vir para cá uma vez por ano. No Rio, ela fazia os trabalhos dela. Antes ela desfilava, só que depois da gravidez as coisas mudaram muito.

Ela chegou a pedir ajuda para o senhor nesse tempo?

Não. A Eliza sempre foi uma pessoa extremamente independente.

Como era a relação de vocês?

Uma relação normal de pai e filha. Ela nasceu em Foz do Iguaçu e viveu comigo até os 19 anos. Não temos notícias da mãe dela há 10 anos.

Como o senhor soube do desaparecimento da Eliza?

Demorou um pouco, soube na sexta-feira. Fui para Minas no domingo. A gente estava aguardando a Eliza havia um mês, desde o último telefonema. Mas, de repente, o telefone dela não atendia mais, pela internet também não conseguimos mais nada.

E o menino? O senhor pretende ficar com ele?

A prioridade total agora é meu neto. Trazer para casa, colocar em segurança e cuidar da saúde dele. Consegui a guarda provisória dele para a viagem. Vamos dar continuidade ao processo aqui pelo Fórum de Foz do Iguaçu. Já foi colhido o meu material e do meu neto para os exames de DNA. A partir de agora é com a Justiça.

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