As vítimas
A tragédia deixou nove mortos e 124 feridos.
Até ontem, 107 pacientes que foram atendidos nos hospitais tinham recebido alta. Confira a lista dos mortos:
- Gabriela Lacerda, de 15 anos- Ana Lúcia de Souza Menezes, 39-Maria Erlisa, 48- Maria Lourdes da Silva, 50- Sílvia Gomes Moreira, 50- Acir Alves Silva, 60- Luíza Silva Tomiu, 60- Maria Amélia de Almeida, 60- Dalva Ferreira de Oliveira, 80
Fonte: Folhapress
A Etersul Coberturas e Reformas Ltda. foi contratada por R$ 70 mil em setembro do ano passado para trocar as 1,6 mil telhas da sede internacional da Igreja Renascer em Cristo, cujo teto desabou na noite de domingo e matou uma adolescente e oito mulheres. A empresa, no entanto, não tem licença do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de São Paulo (Crea-SP) para funcionar.
A obra também era irregular. A troca do telhado não foi informada à prefeitura, como exige a legislação municipal. Para completar, foram instaladas telhas de um tipo de amianto tóxico, que está proibido na cidade há cinco anos.
A prefeitura ainda não estudou se a Renascer fica agora passível de multa, diante dos três flagrantes de ilegalidade. O Crea-SP confirmou que a Etersul nunca teve nenhum tipo de registro e repassou a informação ao Ministério Público, responsável pelo procedimento que investiga as responsabilidades pela tragédia.
"Para trocar telha, não precisa ser cadastrado no Crea ou ser engenheiro", rebate o dono da Etersul, Daniel dos Anjos. "Qualquer peão troca telhas."
Os primeiros indícios da investigação mostram que a estrutura desmoronou por falta de manutenção, pequenas infiltrações e excesso de peso causado por ar-condicionado, aparelhos de som e de iluminação colocados indevidamente no teto nos últimos anos.
Feridos
Caiu de 20 para 17 o número de feridos no desabamento que continuavam internados nos hospitais da cidade até a noite de ontem. Cinco deles ainda estavam em estado grave ou, apesar de terem apresentado melhoras, permaneciam em cuidados na unidade de terapia intensiva (UTI) anteontem eram oito.
Os feridos que permaneciam internados até hoje estavam espalhados por nove hospitais. A unidade com o maior número de pacientes era o Hospital São Paulo, na Vila Clementino (zona sul), com quatro vítimas internadas e duas na UTI.
Estefanie Banove de Sá, de 9 anos, que estava em quadro gravíssimo ontem com traumatismo craniano no Hospital São Paulo, apresentou melhoras e foi desentubada ontem à tarde, segundo o hospital. Um dos casos mais graves é o de Evelise Del Corso, 17, internada na UTI do Hospital do Servidor Público Municipal em coma induzido. De acordo com a Secretaria Munipal da Saúde, Evelise teve trauma na cabeça por causa da queda dos escombros.
Em duas unidades do Hospital São Camilo, Ipiranga e Pompéia, estavam internadas, respectivamente, Marinez Bejar Veneroso Russo, de 49 anos, e Olga Doloso Silva, 47. Marinez sofreu trauma na coluna e deve ter alta na segunda-feira. Não haverá cirurgia e o tratamento será com fisioterapias, segundo o hospital. Olga passou por cirurgia na perna esquerda e estava em quadro estável.
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