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O agricultor Armando Shigueoka não desistiu do café. |
O agricultor Armando Shigueoka não desistiu do café.| Foto:

O café parece correr pelas veias da família Shigueoka. O avô de Armando chegou à região de Assaí, no Norte do estado, em 1941. Naquela época, tudo era mata virgem. Após limpar a área, o café começou a ser plantado e produzido pelos colonos. A herança agrícola passou para o pai e chegou a Armando.

Nem os efeitos drásticos de uma geada como a de 1975 o fizeram desistir da cultura cafeeira. Em uma área de 20 alqueires, Armando cultiva café em aproximadamente 13. Ele lembra da erradicação total do plantio provocado pela Geada Negra. Mas um estoque mantido pela família salvou, literalmente, a lavoura.

Outras datas

A primeira geada forte que impactou a produção cafeeira do PR foi em 1953. Dois anos depois, outra geada queimaria os cafezais, com temperaturas chegando à casa dos 2°C negativos. Outras duas, em 1963 e 1969, também deixaram prejuízos para os agricultores.

“O preço da época acabou nos ajudando e mantivemos o café até hoje”, conta o produtor que cultiva café na mesma área que era de seu avô. Armando relata que em 1976 a área do plantio do café foi reduzida. “Começou a implantação de cerais em uma parte. Mas não desistimos do café. Uma parte do cafezal deixamos e veio a rebrota. Dois anos depois começamos a colher de novo e praticamente não paramos mais.”

O motivo para não desistir do cafezal se deve, segundo ele, à teimosia. “O pai chegava e dizia ‘tem que ser café. A vida continua. Só por causa de uma geada, a pessoa não pode desistir. A gente tem que botar a cabeça no lugar e falar ‘eu vou voltar a produzir e acabou’”, ressalta Armando. (DA)

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