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Tubulação leva agua da represa do Capivari até as turbinas, construídas no subterrâneo da Serra do Mar | Daniel Castellano / Gazeta do Povo
Tubulação leva agua da represa do Capivari até as turbinas, construídas no subterrâneo da Serra do Mar| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo

260 megawatts

Produção abastece o litoral

Assim como as demais unidades geradoras da Copel, a usina de Antonina faz uma homenagem a ex-governadores paranaenses. Pedro Viriato Parigot de Souza governou o estado entre 1971 e 1973 e também foi presidente da Copel na década de 60.

Com quatro geradores ligados ao Sistema Interligado Nacional, a usina tem capacidade de produzir 260 megawatts (MW), que corresponde a 8% da capacidade total da Copel. Com esta potência, a unidade é responsável por abastecer todos os municípios do litoral do estado e parte de Curitiba.

Outro diferencial da unidade é o desnível entre a represa (localizada na região de Curitiba) e a usina (em Antonina), que chega a 750 metros. No caminho entre Curitiba e o litoral, a água percorre 22 km de túneis pelo meio da Serra do Mar e a forte pressão com que ela chega ao maquinário possibilita que a energia seja gerada com pouco volume de água.

A construção da usina demorou 10 anos. Oito apenas para as escavações nas rochas e dois para a instalação propriamente dita. De acordo com a Copel, os 630 mil m3 de rochas extraídas transformadas em brita poderiam pavimentar uma estrada de 400 quilômetros de extensão. Já as 900 mil sacas de cimento gastas na concretagem seriam suficientes para construir 30 edifícios de 50 andares.

Serviço

O acesso à Usina Governador Parigot de Souza é feito pela PR-340. As visitas podem ser feitas somente às terças-feiras e precisam ser agendadas pelos telefones 41-3432-1120, ramais 6729 ou 6782.

  • Passeio começa na descida do túnel que chega até o maquinário da usina

A Usina Hidrelétrica Pedro Viriato Parigot de Souza, em Antonina, é um passeio inusitado para quem está acostumado com roteiros convencionais no litoral paranaense. Diferente de qualquer outra atração da região, a usina da Copel é pouco visitada e está instalada em cavernas criadas nos subterrâneos da Serra do Mar.

Além da localização, a estrutura e o funcionamento da usina são uma atração à parte. Criada na década de 70, ela utiliza a água do Rio Capivari, que fica represada na região de Curitiba (a 830 metros acima do nível do mar) e chega a Antonina por um túnel escavado no meio da serra.

A peculiaridade do roteiro começa no caminho que leva a todo o maquinário da usina. É preciso seguir de carro por um túnel com 1,1 km de extensão e desnível de 105 metros, que possui iluminação discreta. No percurso, grandes pedaços de rocha ficam aparentes, além dos cabos de alta tensão que, devidamente isolados, conduzem a energia até a subestação localizada do lado de fora. A sensação claustrofóbica despertada no túnel acaba assim que se chega à usina. Com iluminação branca, o ambiente não parece estar debaixo da terra.

No interior das cavernas, o visitante acompanha todo o trajeto que a água faz para ser usada na geração de energia. É possível sentir a passagem da água pela tubulação ao tocar nos grandes tubos, que, mesmo com vários metros de diâmetro, estremecem constantemente.

A imagem mais característica da usina pode ser vista da sala de comando: os quatro geradores que rodam a 514 rotações por minuto (RPM). "A energia do gerador passa para os transformadores, que elevam sua potência. Depois disso, na subestação a céu aberto, outros transformadores reduzem a tensão para o consumo residencial ou industrial", explica o assistente técnico de operações Luiz Carlos Zeni.

O tour pela usina não é válido apenas para estudantes do ensino regular e alunos dos cursos de engenharia. É uma oportunidade para o cidadão comum conhecer todo o processo de geração de energia. "A pessoa, na sua casa, olha para este benefício na lâmpada ou na televisão, por exemplo, e sabe como chegou até ali. É possível conhecer toda a cadeia de produção, ver quantos profissionais e quanta tecnologia é envolvida", explica a supervisora administrativa da usina, Elaine Broska Martins.

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