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O sapo reconhecido como nova espécie tem menos de um centímetro e meio e possui apenas três dedos nos membros inferiores | Michel Garey/ Divulgação
O sapo reconhecido como nova espécie tem menos de um centímetro e meio e possui apenas três dedos nos membros inferiores| Foto: Michel Garey/ Divulgação

Uma espécie de sapo que existe apenas na reserva Salto Morato, em Guaraqueçaba, foi reconhecida oficialmente como descoberta científica. O anfíbio que se chama Brachycephalus Tridactylus foi encontrado em fevereiro de 2007, mas apenas em junho deste ano a revista internacional Herpetologica oficializou, por meio de artigo científico, o animal no rol de espécies catalogadas.

A descoberta aconteceu em um trabalho de pós-graduação em Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O biólogo Michel V. Garey, com o apoio da Fundação Boticário - que administra a reserva -, fazia um trabalho de comparações de rãs, pererecas e sapos. O método era cruzar informações de animais de diferentes estágios de crescimento em três tipos de vegetações diferentes: capoeira, capoeirão e mata primária.

O sapo é laranja, tem menos de um centímetro e meio e possui apenas três dedos nos membros inferiores. De acordo com Garey, a nova espécie representa um avanço no conhecimento sobre os anfíbios no Brasil. "Não conhecemos quase nada sobre os hábitos dessas espécies, que inclusive podem ter muita importância, até mesmo farmacológica, e que nós desconhecemos. Outro ponto importante é que essa espécie ocorre na Mata Atlântica, bioma extremamente ameaçado pelo desmatamento", avaliou, de acordo texto enviado pela assessoria da Fundação Boticário.

Mais de 6,7 mil espécies de anfíbios são conhecidas no mundo, sendo que 946 delas são do Brasil. No Paraná, mais de 120 tipos diferentes de sapos, rãs e pererecas constam no catálogo desse tipo de animais.

Outras descobertas

Em 1994, os pesquisadores Mário de Pinna e Wolmar Wosiacki fizeram a descoberta de um peixe até então desconhecido. O Listrura boticário foi encontrado em 1994, mas o reconhecimento oficial aconteceu apenas em 2002. A espécie de peixe pertence ao mesmo grupo dos bagres, pintados e mandis, e foi descrita com base em um único exemplar encontrado em uma poça perto de um rio de corredeira da floresta atlântica.

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