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A inédita decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio que negou o registro das candidaturas de quatro deputados federais acusados de envolvimento com a máfia dos sanguessugas está com os dias contados. O Tribunal Superior Eleitoral deve revogar a decisão amanhã, juntamente com outras impugnações de candidaturas determinadas pelo TRE fluminense. Para os ministros do TSE, a cassação das candidaturas contraria a lei eleitoral, que prevê a inelegibilidade apenas em caso de sentença transitada em julgado, sobre a qual não caiba mais recurso. No tribunal superior a avaliação é que o TRE fluminense acenou para o eleitor com uma mercadoria que – embora agrade a setores da opinião pública – não tem como entregar.

Fora do padrão – Não foi submetida ao crivo dos ministros do TSE a campanha do biodiesel que a BR Distribuidora lançaria no fim de semana. Ministros entendem que a propaganda não é de utilidade pública nem se justifica pela concorrência de mercado. Irmãos – Em carta endereçada aos evangélicos, Lula faz referências à Bíblia e diz que "nunca na história deste país" se investigou tanto denúncias de corrupção como agora. "Sei que o povo evangélico tem fortes princípios e valores éticos", diz o presidente. Figurino – Em linguajar em tudo semelhante ao dos cultos evangélicos, Lula diz que agradece a Deus "por ter tido a honra de servir às igrejas", sem fazer distinção entre as denominações. No final, o presidente diz contar com as "orações" dos evangélicos para se reeleger.

Desceu do muro – Roberto Requião rompeu a "neutralidade" alardeada desde o início da campanha. No sábado, anunciou apoio à petista Gleisi Hoffmann ao Senado. Para domingo é esperada sua declaração formal de apoio a Lula, em comício do presidente no município de Colombo. Adereço – Em sintonia com o programa de tevê, o site de Geraldo Alckmin está mais apimentado. Quem acessasse a página no fim de semana encontrava uma cueca vermelha recheada de dólares. Ao clicar na figura, os dizeres: "Corrupção até debaixo da cueca".

Otimismo – A reboque da vantagem de José Serra (PSDB) nas pesquisas, tucanos e pefelistas alardeiam a estimativa de eleger 30 deputados federais por São Paulo, o dobro do obtido em 2002. Tucanômetro – O PSDB conta eleger 20 deputados. Novos nomes dados como certos são Emanuel Fernandes, José Aníbal e Edson Aparecido. Da atual bancada, preocupam os casos de Antonio Carlos Pannunzio, Mendes Thame e Walter Barelli. Casquinha – O PFL quer emplacar dez paulistas na Câmara. José Aristodemo Pinotti é o puxador de votos. Outros nomes, como Walter Ihoshi, foram escolhidos a dedo pelo prefeito Gilberto Kassab, que organiza a base para disputar a reeleição em 2008. Pefelômetro – Nos cálculos nacionais, o PFL conta eleger até cinco governadores (três são considerados já eleitos), 80 deputados federais e de 7 a 10 senadores em outubro. Fel – O PFL atribui aos tucanos dificuldades para seus candidatos a senador. Pefelistas acham que Moroni Torgan sofrerá com o desgaste de Lúcio Alcântara no Ceará e que o veto tucano pode atrapalhar Hugo Napoleão (PI). Outro lado – A despeito das evidências, Orestes Quércia nega qualquer aproximação com o PT para bater em José Serra. E promete hoje, na propaganda de tevê, começar a criticar Aloízio Mercadante. Desafio – Em resposta a críticas do comando do PSDB, o senador Alvaro Dias (PR) diz que "dá um prêmio" se achar quem faça mais campanha para Alckmin que ele.

TIROTEIO

Do deputado federal RAUL JUNGMANN (PPS-PE), sobre a tese de um "pacto" entre partidos após as eleições em torno de temas comuns, como a reforma política, defendida por setores do governo:

– Agora o PT, com o ministro Tarso Genro à frente, lançou esse melô da "concertación". Que nada mais é que o novo nome para a "cooptación" praticada desde o primeiro dia do governo Lula.

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