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Pelo menos 13 municípios, com população total de 350 mil pessoas estão sofrendo os efeitos da estiagem na região sul do Rio Grande do Sul. Onze prefeituras já decretaram situação de emergência e duas encaminharam Notificação Preliminar de Desastre (Nopred) à Defesa Civil indicando que tomarão a mesma medida. As perdas na produção de leite, bovinos, milho, soja e sorgo estão estimados em R$ 140 milhões pela Secretaria da Agricultura. A chuva está escassa desde o início de dezembro na região.

O município de Bagé adotou racionamento de água na primeira semana do ano. A zona urbana foi dividida em duas áreas, que são abastecidas alternadamente por períodos limitados a 12 horas por dia. Em Candiota, Cerrito, Pedro Osório e Lavras do Sul a Defesa Civil leva água ás comunidades rurais em caminhões-pipa.

Em Herval, o problema também afeta mais a zona rural do que a urbana. Cerca de 3,6 mil famílias de agricultores, muitas instaladas em assentamentos da reforma agrária, estão vendo as plantações murcharem. Parte delas teve o problema agravado por uma tempestade de granizo, que durou pouco, mas fez estragos, no dia 12 de janeiro. "Na primeira semana do ano calculamos um prejuízo de R$ 8 milhões, agora já podemos estimar um acréscimo de 40% àquele valor", relata o secretário da Agricultura do município, Ronaldo Burch Ferreira.

A prefeitura teme que um desastre na agricultura prejudique também o comércio e os serviços, todos dependentes dos resultados do setor primário, e, no futuro, o próprio orçamento municipal de R$ 14 milhões por ano. Estão em situação de emergência os municípios de Candiota, Pedras Altas, Herval, Hulha Negra, Sant'Ana do Livramento, Piratini, Cerrito, Lavras do Sul, Pedro Osório, Pinheiro Machado e Bagé. Aceguá e Dom Pedrito encaminharam Nopred à Defesa Civil.

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