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Anderson de Oliveira, aluno de Ciências Contábeis da UEPG, foi internado em coma alcoólico após trote no primeiro dia de aula | Henry Milléo / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Anderson de Oliveira, aluno de Ciências Contábeis da UEPG, foi internado em coma alcoólico após trote no primeiro dia de aula| Foto: Henry Milléo / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Três estudantes do primeiro ano de três cursos distintos de graduação da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) foram internados nesta quarta à tarde no Hospital Municipal de Ponta Grossa com coma alcoólico. Eles foram medicados e receberam alta no início da noite. O trote violento é proibido pela instituição e por lei municipal. A UEPG e a Polícia Civil vão investigar os casos. O Diretório Central de Estudantes (DCE) vai cobrar informações dos centros acadêmicos.

As aulas começaram nesta quarta (16) na UEPG. Anderson de Oliveira, 17 anos, do curso de Ciências Contábeis, foi levado na hora do almoço ao hospital por dois rapazes que não se identificaram. A mãe, Suzy Carla de Oliveira, foi avisada pelo Serviço Social do hospital e ficou ao lado do filho, que só acordou às 17 horas. O estudante estava com as unhas pintadas, o cabelo cortado, a roupa íntima rasgada e com marcas de batom. Dirceu Costa Júnior, 17 anos, do curso de Educação Física, foi levado ao hospital pelo seu pai, Dirceu Costa. Ele chegou cambaleando em casa e pediu ajuda aos familiares. Um terceiro estudante, do curso de Agronomia, com os mesmos sintomas, também teria sido vítima de trote violento, mas os acompanhantes do paciente não deram informações à imprensa.

O vice-reitor da UEPG, Luciano Vargas, afirmou que uma resolução de 1996 e uma lei municipal de 2006 proíbem o trote violento. Ainda nesta quarta, a instituição determinou a abertura de uma sindicância para apurar as responsabilidades. "Temos circuito interno de segurança e vamos averiguar se o caso aconteceu dentro da Universidade. Se aconteceu fora, não temos ação nenhuma", comentou.

A mãe de um dos alunos, Suzy Oliveira, disse que vai processar a UEPG. "Eu acho um absurdo que isso aconteça entre estudantes universitários. Vou procurar todos os meus direitos para que isso não se repita", afirmou. A Polícia Civil também vai instaurar inquérito policial para identificar os responsáveis pelo trote.

Na Universidade Estadual de Londrina (UEL) e em Maringá, na UEM, as aulas começam na próxima segunda-feira, mas as instituições programaram trotes solidários. Na Unicentro, com sede em Guarapuava, e na Unioeste, em Cascavel, o ano letivo já começou, mas não foram registrados incidentes com os alunos ingressantes.

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