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| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Estudantes que ocupam desde segunda-feira (31) o prédio da reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) alegaram que houve corte na interrupção do fornecimento de energia elétrica e água no imóvel. De acordo com o comando da greve, a energia foi interrompida por volta das 23 horas desta terça-feira (1º.) e restabelecida no início da manhã desta quarta. Já o abastecimento de água foi cessado há pouco menos de um dia, e permanece, conforme os alunos.

Integrantes da ocupação do prédio da Reitoria da UFPR divulgam reivindicações

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Mas, afinal, existe “greve de estudantes”?

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De acordo com nota divulgada pelo comando no fim da noite de terça, falta de luz teria afetado tanto o prédio da Reitoria como o anexo, o edifício D. Pedro II. A assessoria de imprensa da UFPR desmente a informação e disse, às 8h15 desta quarta-feira (2), que o fornecimento de energia e água são normais nesta manhã.

Segundo a nota dos estudantes, os cortes não irão prejudicar as programações previstas para os próximos dias da ocupação, que chega ao seu terceiro dia.

“A gente sabe que assim que acabar o horário de funcionamento vão desligar (a energia) de novo”, comentou a estudante de Publicidade e Propaganda Graziela Oliveira, de 21 anos, uma das ocupantes da reitoria. “Vemos isso como uma maneira de nos assustar psicologicamente. Não vieram procurar a gente para uma negociação. Não houve diálogo”.

Reivindicações sobem para sete

Nesta quarta-feira (2), mais um tópico foi incluído na pauta de reivindicações do estudantes grevistas, que, inicialmente, contava com seis itens. Agora, os alunos querem também a abertura do orçamento da universidade.

“É uma pauta unificada, não só nossa, mas também dos técnicos e professores daqui. E é algo que eles não precisam de tempo. Basta abrir”, comenta Graziela.

Entre as reivindicações feitas pelos alunos está a melhora na assistência estudantil, como auxílio-moradia, auxílio-permanência, auxílio-creche, auxílio-alimentação e a casa estudantil, o recuo no corte de 56 bolsas de pesquisa e a suspensão do calendário letivo da universidade.

Mesmo com greve deflagrada pelos professores desde o início deste segundo semestre, a UFPR não deve realizar reajustes no calendário letivo da instituição. oAté momento, o Conselho Universitário (Coun) não votou nenhuma medida nesse sentido e a tendência é de que o calendário não seja refeito.

Em nota divulgada no Facebook na noite desta terça, o comando da greve dos alunos reforça motivos da ocupação, e defendem o ato como “um instrumento legítimo utilizado historicamente pelo movimento estudantil”.

No entanto, a UFPR informou, institucionalmente, repudiar a ocupação. A universidade trata o caso como uma “radicalização” que “constrange uma das partes e interrompe o diálogo franco e produtivo”.

Segundo a UFPR, o prédio ocupado congrega as atividades dos Conselhos Superiores, da Procuradoria Federal Especializada na UFPR, da Comissão de Progressão de Pessoal Docente, do Gabinete da Reitoria e da Pró-Reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças. As unidades da Pró-Reitoria são responsáveis por todas as atividades financeiras da UFPR, inclusive pagamentos a fornecedores, a bolsistas e demais obrigações orçamentárias da UFPR.

DCE diz não participar da ocupação

Também em uma publicação feita por meio das redes sociais nesta terça-feira, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) reiterou a legitimidade da greve dos estudantes da UFPR, mas esclareceu que não faz parte do movimento que decidiu ocupar a Reitoria.

“Assim, enfatizamos que o DCE UFPR tem sido repelido do cotidiano da greve, tendo inclusive sendo deslegitimado como representante dos e das estudantes. Portanto, não participamos das recentes decisões e atividades do Comando de Greve”, diz o texto.

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