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Manifestação contra realização da palestra de André Lajst| Foto: Reprodução redes sociais

Estudantes ligados ao Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) tentaram impedir a realização de uma palestra sobre empreendedorismo em Israel com o presidente-executivo da StandWithUsBrasil, o cientista político especialista em Oriente Médio e Segurança Nacional, André Lajst.

A manifestação não impediu a realização da palestra, mas acabou com uma servidora da universidade ferida e um estudante preso.

Os estudantes se concentraram do lado de fora do local onde acontecia a palestra, na última quinta-feira (10), com cartazes, megafones e bandeiras da Palestina. Aos gritos, dezenas de militantes pró-Palestina acusaram Lajst de fazer “apologia ao genocídio do povo palestino”.

Policiais Federais do Comando de Operações Táticas foram acionados para conter a confusão. O palestrante precisou ser escoltado para entrar e sair do local.

Pelas redes sociais, André Lajst disse que sua presença na universidade foi combatida apenas pelo fato de ele ser judeu israelense independente do tema da palestra.

"Se isso não é antissemitismo, judeofobia, ódio aos judeus, eu não sei mais o que é", disse Lajst em vídeo compartilhado no Twitter.

Uma servidora da Ufam acabou ferida depois de tentar conversar com os estudantes. A filha da servidora também foi agredida pelos militantes.

Em vídeos que circulam pelas redes sociais é possível ver o momento em que a servidora reage ao grupo depois que sua filha diz ter sido agredida por um dos manifestantes. A servidora revida a agressão com empurrões, mas é cercada e derrubada pelos estudantes.

Segundo a imprensa local, a servidora da Ufam teve o nariz quebrado.

Após a confusão, a servidora registrou um boletim de ocorrência contra os agressores.

Durante as manifestações, o presidente da União da Juventude Socialista (UJS) do Amazonas, o estudante de história Christopher Rocha, foi preso pela Polícia Federal (PF) por desacato. Christopher aparece em vídeos nas redes sociais gritando com os policiais e se negando a cumprir ordens dos agentes.

De acordo com o reitor da Ufam, Siylvio Pulga, o estudante foi liberado após prestar esclarecimentos na sede da Superintendência da PF.

Na Superintendência, o reitor gravou um vídeo ao lado do estudante. Christopher criticou a ação da PF e disse que o grupo “não estava fazendo nada de errado”. Mesmo depois de tentar impedir a realização de um evento dentro de uma universidade pública, o estudante também afirmou que “segue na luta para que a democracia seja respeitada”.

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Outro caso

Esta não é a primeira vez que André Lajst é hostilizado na Ufam. Em 2018, o professor foi alvo de manifestantes ao palestrar para estudantes do curso de Direito. Em mensagem publicada em suas redes sociais à época, Lajst disse que o evento foi interrompido por “estudantes radicais” que “começaram a gritar e interromperam a palestra com cartaz escrito 'genocídio'”.

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