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Militares na fronteira: patrulhas e expectativa de que o contrabando diminua | Kiko Sierich
Militares na fronteira: patrulhas e expectativa de que o contrabando diminua| Foto: Kiko Sierich

Pelo menos 800 militares ocuparam na manhã de ontem os cerca de 200 quilômetros da fronteira do Paraná com o Paraguai e a Argentina durante a Operação Fronteira Sul 2011. A ação, voltada ao combate do contrabando e tráfico de armas e drogas, tem apoio da Polícia Federal, da Polícia Militar, da Guarda Municial, da Receita Federal e da Marinha. Uma operação semelhante foi colocada em prática nos estados do Rio Grande do Sul, de Santa Cata­rina e do Mato Grosso do Sul.

Divididos em nove tropas, os militares se espalham pelas regiões Oeste e Sudoeste do Paraná e contam com bases em quatro cidades: Guaíra, Santa Helena, Foz do Iguaçu e Capanema. Eles fazem vistorias em pontos fixos e patrulhas móveis em locais estratégicos para conter a ação de contrabandistas que circulam com produtos ilícitos do Paraguai e da Argentina. Helicóptero, lanchas, barcos e cães farejadores também são usados para evitar o transporte de mercadorias e drogas. Em Foz, um dos pontos de bloqueio fica na BR-277, próximo à praça de pedágio de São Miguel do Iguaçu. A operação será realizada até o próximo dia 11.

O Comandante da 15.ª Brigada de Infantaria Moto­rizada, Ajax Porto Pinheiro, diz que o Exército não pode agir por iniciativa própria, apesar de ser muito fácil deslocar as tropas. "A brigada só pode tomar uma atitude e agir se houver uma determinação do Mi­­nistério da Defesa", afirma. Se­­gundo Pinheiro, os Minis­­té­­rios da Defesa e da Justiça discutirão a possibilidade de fazer outras operações menores, porém com mais frequência na região.

Até o início da noite, o exército ainda não tinha um balanço das apreensões. No entanto, a expectativa é de que o trânsito de mercadorias ilícitas e drogas na fronteira caia nessa semana. Na semana passada, antes de os militares saírem a campo, lojas do Paraguai anunciavam a operação em seus sites e avisavam os compradores para evitar a fronteira nesse período.

Segundo a polícia, no ano passado foram apreendidas 220 armas e 18 mil cartuchos na re­­gião fronteiriça de Foz. Conforme estimativas da própria polícia, as apreensões correspondem a 10% do volume de mercadorias, armas e drogas que passam pela fronteira.

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