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Três são as causas isoladas ou combinadas nos acidentes registrados nas rodovias. Segundo o engenheiro civil Ricardo Bertin, mestre em transportes e professor da PUC Paraná, normalmente eles acontecem por falha humana (90% dos casos), no veículo ou da via.

Bertin disse ainda que a rodovia com baixa manutenção apresenta um risco muito maior, porque muitas vezes falta sinalização (não tem faixa pintada e as placas estão cobertas pelo mato). "Isso além do risco natural oferecido pelos buracos na pista que exigem mais cuidado e experiência do motorista", lembra.

Isso ocorre porque a manutenção das estradas federais ao longo do tempo tem sido deixada de lado. Em média, o pavimento de uma estrada é projetado para durar 10 anos. "Então, antes dos 10 anos seria preciso fazer uma manutenção", afirma o engenheiro. "Ela seria necessária quando há um certo desgaste que é possível prever com dados coletados e exame da pista. E isso não é feito. Ela só é feita quando a estrada está quase intransitável, em alguns casos."

Segundo Bertin, o problema das BRs com prefixo 400 (que começam com o algarismo 4) é que elas são de ligação, enquanto as de prefixo 100 (que começam com o algarismo 1) são estruturais (Norte e Sul). Por isso a BR-476 pode ter uma prioridade menor do que a BR-116, por exemplo, que é uma rodovia tronco. Sobre o pedágio, ele disse que o ideal seria que as estradas pedagiadas tivessem pista dupla, todavia, "a cobrança em pista simples não deixa a estrada a um passo da destruição".

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