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Perigos

Falta de ar e desidratação podem matar criança esquecida num carro

Curitiba – A supervisora do Pronto-Atendimento do Hospital Pequeno Príncipe, Maria Cristina da Silveira, explica que vários fatores podem levar à morte uma criança presa dentro de um carro. Em dias quentes, ocorre desidratação e no frio, hipotermia. Além disso, há o jejum prolongado e não existe renovação do oxigênio. "A criança começa a inspirar o ar que expirou, ou seja, gás carbônico". A hipóxia – diminuição de oxigênio – e a desidratação, por exemplo, levam a uma parada cardiorrespiratória.

Maria Cristina esclarece que em cada situação aparecem fatores diferentes. Além disso, a idade, o tamanho e as condições de saúde da criança interferem no que pode acontecer numa situação dessas. Ela frisa que "nunca, por qualquer motivo" se pode deixar uma criança sozinha dentro de um veículo, mesmo que seja por pouco tempo.

Ingrid Stammer, assistente administrativa da ONG Criança Segura, afirma que a prevenção de acidentes com crianças passa pelo comportamento do adulto, que deve dar prioridade ao menor. Para ela, situações como esta em que o pai esquece o filho mostram que os adultos que lidam com crianças devem tomar cuidado para que o estresse não provoque essas situações.

Para ela, uma implicação preocupante desses casos é que os pais passam a imaginar que o caso teria outro desfecho se a criança não estivesse presa à cadeirinha.

Dependendo da idade, ela poderia chamar a atenção batendo nos vidros. Mas Ingrid alerta que crianças até 10 anos de idade (ou 1,45 metro de altura) precisam, sempre, ser transportadas com dispositivo de retenção adequado.

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