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A vendedora Josiane An­­­­­­­­­­­­­gélica dos Santos, de Rancharia, no interior de São Paulo, denunciou à polícia que seu filho, Enzo Gabriel Balbino, de um ano e dois meses, pode ter tido todos os órgãos do corpo retirados sem autorização depois de uma cirurgia no Instituto Estadual Dante Pazzanese, em São Paulo. A criança, portadora de uma doença cardíaca congênita, foi transferida para São Paulo em 16 de abril e morreu no último sábado.

Desconfiada de erro médico, a família de Josiane registrou Boletim de Ocorrência por morte suspeita no 36º DP da Vila Mariana e exigiu que o corpo passasse por necropsia no Instituto Médico Legal (IML). Mas, quando foram buscar o resultado do exame no IML Sul, a família foi informada pelo legista de que a causa da morte não seria possível de se determinar porque todos os órgãos da criança tinham sido retirados. A família não tinha autorizado doação de órgãos.

Espantada com a informação, a inspetora de polícia, Juliane Andréia dos Santos, irmã de Josiane, abriu outro boletim, no 27º DP, de Campo Belo, onde foi registrada ocorrência para apurar crime de remoção de tecidos, órgãos ou partes do corpo de pessoa ou cadáver em desacordo com a legislação, cuja pena é de dois a seis anos e multa. Segundo Juliane, antes de ir para o IML, o corpo da criança passou por outra necropsia no próprio hospital, num procedimento incomum. "Ficamos sem saber se os órgãos foram retirados no hospital ou no IML", disse.

De acordo com Juliane, posteriormente, o IML chegou a informar que os órgãos haviam sido retirados e recolocados e que a retirada de todos os órgãos para realização necropsia seria um procedimento normal.

Segundo a Secretaria de Saúde estadual, a necropsia no IML foi feita com fragmentos dos órgãos, de acordo com os protocolos médicos e com autorização dos pais da criança. A Secretaria de Segurança Pública distribuiu nota dizendo que "materiais" foram retirados para análise patológica e o resultado do laudo sai em até 30 dias.

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