Integrantes da família Maksoud deverão ir, nesta quarta-feira (13), até a 1ª Delegacia Seccional, na região central de São Paulo, para reconhecer as telas "Cangaceiro", da década de 1950, e "Retrato de Maria", de 1934, ambos de Cândido Portinari; "Figura em Azul", pintado em 1923 por Tarsila do Amaral; e "Crucificação de Jesus", de Orlando Teruz. As obras roubadas são quadros valorizados na história da arte brasileira. Especialistas chegaram a avaliar os quadros em cerca de R$ 3,5 milhões.
Os quadros tinham sido roubados no domingo (10) da mansão da família Maksoud e foram recuperados na noite dessa terça-feira (12) na Zona Oeste. Além da perícia feita pela polícia, os proprietários também terão que fazer o reconhecimento das obras. No início desta manhã, a reportagem do G1 tentou falar com integrantes da família, mas não conseguiu contato.
Logo após as telas terem sido recuperadas, o supervisor do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil, Mário Palumbo Júnior disse que as obras não pareciam ter sido danificadas. "Aparentemente não estão com muitos danos", disse.
Sem pistas
Segundo a polícia, as quatro obras foram deixadas, no final da noite desta terça, nas proximidades do Metrô Barra Funda, na Zona Oeste. A informação foi confirmada pela assessoria da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo. Nenhum suspeito, no entanto, foi preso. No início desta manhã, a secretaria informou que a polícia seguia sem pistas dos assaltantes.
As primeiras informações dão conta de que os quadros foram embrulhados num pacote que fora deixado numa calçada da Rua da Várzea. Os bandidos ligaram duas vezes para a TV Record por volta de 23h30. Três vigias da emissora encontraram o quadro. Eles já tinham prestado depoimento no início desta manhã.
Roubo
O crime ocorreu na manhã do Dia das Mães, na Rua Estados Unidos, na região dos Jardins, área nobre da cidade. A casa invadida pertence a Ilde Birosel Maksoud, ex-mulher do empresário Henry Maksoud. Cláudio, filho do casal, confirmou que toda a casa foi revirada. A ação dos criminosos durou mais de uma hora.
Os assaltantes se disfarçaram de entregadores de flores para conseguir entrar no imóvel. Eles chegaram por volta das 9 horas em uma Fiorino branca. Eles afirmaram que as flores eram uma homenagem ao Dia das Mães, entraram e renderam quatro funcionários, além de Ilde Maksoud e de uma parente.
As pessoas que estavam na casa foram mantidas presas em um dos cômodos enquanto os criminosos procuravam itens de valor. As vítimas conseguiram deixar o quarto após encontrar um celular que estava no local e avisar parentes.
Além dos quadros, o grupo levou uma quantia não informada em dinheiro e outros objetos que estavam na sala.



