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Se o FBI ainda não descobriu o que aconteceu com Carla Vicentini, 23 anos, desconhecidos e até amigos têm procurado a família Vicentini dizendo ter informações valiosas sobre o paradeiro da estudante.

Sem respeitar a dor da família, que há 109 dias convive com a falta de Carla, essas pessoas entram em contato - seja por email, orkut, telefone ou até indo até a casa de Carla em Goioerê, Noroeste do estado, para fornecer aquilo que o FBI ainda não conseguiu: informações sobre a Carla.

Salário

Entre as mais pitorescas está a história de uma brasileira que vive nos Estados Unidos, que durante a estada de Tânia Vicentini em Newark fez questão do encontro. Em meio à informações sobre o caso, esta brasileira se ofereceu para arrecadar dinheiro, em nome da família, para a confecção de cartazes com o rosto de Carla. A intenção era que Tânia assinasse uma procuração dando poderes a ela para pedir donativos.

"Vou me dedicar integralmente a este caso", disse. "E acho mais do que justo eu tirar o meu salário dos donativos", disse ela.

Presente: máquina digital

Uma paulistana, que entrou em contato com Tânia, deixou de lado o salário, mas sugeriu que a família desse uma máquina digital de presente. "Essa menina escreveu na internet que adora a gente e que estava super emocionada pelo caso. Mas no fim do email, ela disse que gostava de tirar fotos e sugeriu que déssemos de presente uma máquina digital", conta Tânia.

Atrás de vistos

Através de uma mensagem deixada no perfil do Orkut de Carla, uma pessoa disse que a estudante estava escondida e que a família sabia onde estava. Segundo a mensagem, o interesse da família era de conseguir com maior facilidade vistos para os Estados Unidos e que a intenção dos Vicentini era morar na América legalmente.

Sumida por vergonha

Num outro contato foi um homem que mora em Boston e relatou que consultou uma espírita. Ela teria dito que a Carla está escondida porque está com vergonha de voltar. "Ele disse que ela teria vergonha de aparecer depois de tanto tempo", conta a mãe de Carla.

Do desespero ao riso

Até o primeiro mês ouvir essas histórias era um verdadeiro sofrimento para a família Vicentini. "Como a gente não sabia de nada, acabávamos pensando no que essas pessoas nos diziam. Hoje eu acho cômico. Porque sei que se o FBI não consegue achar, não será fácil para uma pessoa comum", diz Tânia.

Mãe de Carla conhece empresário que oferece recompensa

Mas não são somente notícias ruins que chegam à família. Quando o desaparecimento de Carla completou um mês o empresário ítalo-americano Peter Pantoliano, proprietário da cadeia de lojas do setor de ótica Eye Contact Vision Center, em Newark, aumentou a recompensa. Até então a polícia americana oferecia US$ 2 mil. Pantoliano, mesmo sem conhecer a família, ofereceu mais US$ 3 mil para quem desse qualquer informação sobre o paradeiro da paranaense.

Durante a viagem aos Estados Unidos, Tânia fez questão de agradecê-lo pessoalmente pelo gesto. No rápido encontro, cerca de 10 minutos, Tânia foi consolada pelo empresário, que em lágrimas, contou que é divorciado de uma mulher brasileira e que vê o filho uma vez por semana. "Se eu não vejo meu filho eu fico maluco, imagina passar pelo que ela (Tânia) está passando", contou Pantoliano à reportagem.

Na despedida, o empresário abraçou Tânia e disse que este silêncio da polícia pode ser boa notícia. "É sinal de que estão atrás de alguma coisa", disse solidário. "Em breve teremos boas notícias", completou otimista.Mistério sobre sumiço de Carla Vicentini desafia o FBIFBI já teria ouvido quase mil pessoas sobre o caso CarlaCNN e Fox interessados em divulgar caso CarlaNatalee e Carla: histórias parecidas com finais ainda desconhecidosEntenda o caso

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