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Parentes, amigos e vizinhos de Felipe Osvaldo da Guarda dos Santos, 19 anos, fizeram uma manifestação neste domingo à tarde no bairro Umbará. O protesto era pela passagem de um mês da morte do rapaz por policiais militares em uma ação que foi reprovada pelo próprio governador Roberto Requião. Felipe foi morto com mais de 30 tiros, acusado de estar roubando um carro que, na verdade, era da sua mãe. O caso está sendo investigado dentro da própria PM e também em inquérito policial.Populares e familiares se dizem indignados com o andamento das investigações sobre a morte do rapaz. A manifestação ocorreu entre as 14 h e às 16 horas na Rua Nicola Pelanda. A Polícia Militar estave no local e ajudou a desviar o trânsito.

Os moradores usaram cadeiras para bloquear a passagem de veículos e usaram cartazes com pedidos de justiça para o caso de Felipe. "O que fizeram com meu filho foi a maior covardia do mundo", lamentou a mãe do rapaz, Jozane da Guarda dos Santos.

De acordo com a mãe, os objetos pessoais de seu filho não foram devolvidos pela polícia. "Não devolveram o som do carro dele, o celular, o relógio, nem o tênis", conta.

A reportagem tentou entrar ouvir algum representante da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) para obter informações sobre a denúncia da mãe, mas não obteve contato.

O caso

Felipe foi morto por policiais militares com cerca de 30 tiros, dentro do carro que dirigia, a 100 metros de casa. Os tiros foram disparados por policiais da Rotam (Rondas Ostensivas Tático Motorizadas). Na ocasião, os PMs disseram que ele dirigia um carro roubado (o que não se confirmou) e que estava armado.

Na época, o governador Roberto Requião classificou o ato como "operação de esquadrão da morte". Requião rebateu a versão dos policiais, de que havia um furto em andamento. "A denúncia de roubo não era verdade, o carro era da mãe do rapaz. Até a arma pode ter sido plantada", disse o governador em relação ao revólver calibre 38 encontrado com Santos.

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