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Bacacheri

Famílias estão sem resposta sobre indenização após acidente aéreo em Curitiba

Moradores das casas atingidas pelo avião que caiu após decolar do Aeroporto de Curitiba ainda não foram visitadas pela seguradora responsável pela aeronave

Casas e veículos atingidos ainda estão cobertos com lonas onze dias após acidente aéreo | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Casas e veículos atingidos ainda estão cobertos com lonas onze dias após acidente aéreo (Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo)

A casa da artesã Varlete Polli, moradora do bairro Bacacheri, em Curitiba, que teve a residência atingida pelo avião Cessna C-177, que caiu no local no dia 30 de agosto, ainda está com lona sobre boa parte do teto. Tijolos e telhas ajudam a segurar o tecido para que a água da chuva não entre na casa. O carro da moradora está coberto com plástico e panos para os estragos. Assim como Varlete, outras duas famílias que moram na Rua Nicarágua esperam há onze dias uma resposta sobre o ressarcimento dos danos causados pela queda da aeronave.

Com o acidente - que matou três pessoas e deixou uma ferida – além dos estragos na residência, o automóvel da moradora teve vários danos e está inutilizado. "Dois mecânicos já vieram ver o carro e disseram que deu perda total. Eu preciso dele para trabalhar, para ir até Almirante Tamandaré (Região Metropolitana de Curitiba). Agora dependo de carona e ajuda de amigos", conta.

Da mesma forma, após o acidente Varlete contou com os vizinhos e amigos para reparar, de forma provisória, os danos causados pelo monomotor que explodiu na tarde do dia 30 de agosto sobre as três residências. "Nem a seguradora nem o dono do avião vieram para ver os estragos. Estamos em uma situação de abandono porque ninguém vem nos dar satisfação", reclama.

Ao lado da casa da artesã, a família de Alexander Martins Fernandes também aguarda o ressarcimento. O telhado foi danificado e o carro não funciona após partes do avião atingirem o veículo. "O maior problema é o do carro, porque meu pai precisa dele para trabalhar", diz Fernandes.

Danos internos

A ausência de resposta também incomoda os vizinhos da casa em frente a de Varlete. Os aposentados Amil Santos do Rosário e Maria José do Rosário não dormem mais no quarto que ocupavam antes do acidente aéreo. O forro, o armário e as roupas do cômodo ficaram queimados. Onze dias depois do acidente, o cheiro de queimado ainda é forte na casa.

No momento do acidente, a porta da frente da residência também ficou danificada e precisou ser substituída. Os sinais de fumaça ainda estão na parede da frente da residência e duas janelas permanecem sem vidros. A família já entrou em contato com o responsável pela aeronave e com a seguradora e agora aguardam um retorno. "Disseram para nós que ninguém vai ter prejuízo, mas não recebemos nenhuma visita. Alguém já deveria ter nos procurado".

A reportagem tentou contato com o empresário responsável pela aeronave, mas ele informou que não poderia responder aos questionamentos nesta quarta-feira (10) e que atenderia à imprensa na manhã desta quinta-feira (11).

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