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O fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão negou ao júri envolvimento na morte da missionária Dorothy Stang, durante julgamento, nesta sexta-feira (30), em Belém. Ele é acusado de ser um dos mandantes do crime.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Pará, Galvão falou durante mais de duas horas, respondendo a perguntas de sua defesa. Ele teria se negado a responder às perguntas da promotoria.

O julgamento começou na manhã desta sexta-feira. Ao todo, segundo o TJPA, seis testemunhas foram ouvidas. As demais foram dispensadas. Um vídeo produzido pelo Ministério Público, que simula o que teria ocorrido no dia da morte da missionária Dorothy Stang, foi exibido aos jurados antes do interrogatório de Galvão.

Segundo o Ministério Público, Regivaldo Pereira Galvão, conhecido como 'Taradão', é acusado de envolvimento em homicídio duplamente qualificado. Se condenado, pode pegar pena de 12 a 30 anos de prisão. "As qualificações são a promessa de pagamento para quem executasse a vítima e o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima", disse o promotor Edson Cardoso de Souza ao G1. O crime teria sido encomendado a um valor de R$ 50 mil.

A missionária norte-americana Dorothy Stang foi morta a tiros em 12 de fevereiro de 2005, em Anapu (PA). Segundo a Promotoria, ela foi assassinada porque defendia a implantação de assentamentos para trabalhadores rurais em terras públicas que eram reivindicadas por fazendeiros e madeireiros da região.

A acusação sustenta a tese de que Regivaldo foi um dos mandantes do crime, ao lado de Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, condenado, em abril de 2010, a 30 anos de prisão. Regivaldo era dono da fazenda onde Dorothy Stang foi assassinada, mas vendeu a propriedade a Bida antes do crime. O promotor afirmou que os dois mantinham uma parceria na época do crime.

Segundo o advogado Jânio Siqueira, a defesa de Regivaldo se baseará no argumento de que não existem provas que confirmem que o fazendeiro tenha sido um dos mandantes do crime.

Outros quatro acusados de participação no caso, Rayfran das Neves Sales, Clodoaldo Carlos Batista, Amair Feijoli da Cunha e Vitalmiro Bastos de Moura, foram julgados e condenados a penas que variam de 17 a 30 anos de reclusão.

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