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A Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf) na Região Sul pretende encontrar meios legais para suspender o embarque de soja transgênica no Porto de Paranaguá. Durante a reunião do governador Roberto Requião com o secretariado nesta terça-feira – a chamada "escolinha" –, o presidente da Fetraf, Marcos Rochinski, disse que a liberação do escoamento "agride os interesses" dos pequenos agricultores. A liberação foi conseguida por meio de decisão liminar a favor da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP).

"Estávamos vivendo a expectativa de realizar o sonho de exportar um produto com diferencial, que pode não se realizar", disse Rochinski, referindo-se à soja tradicional.

Por enquanto, os terminais que usam o corredor de exportação estão autorizados a escoar a soja geneticamente modificada por um dos três pontos de atracagem (berços) do porto.

O engenheiro agrônomo da Associação de Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa, Gabriel Fernandes, afirmou na reunião que o Paraná perde uma vantagem competitiva com a liberação do transporte de soja transgênica. Ele diz que a decisão vai contra as propostas defendidas pelo Brasil durante as conferências da Organização das Nações Unidas (ONU) realizadas em Curitiba em março.

No entanto, segundo o presidente da ABTP, Wilem Manteli, a questão dos transgênicos foi discutida pelo governo federal, através do Comitê Nacional de Biossegurança, que não encontrou problemas no seu cultivo e comercialização. "Quem decide se vai comprar uma (soja) ou outra é o nosso cliente no exterior. Como qualquer outro porto do país, Paranaguá é bem equipado e pode, inclusive, segregar os produtos."

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