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Fio de cabelo poderia comprovar a teoria de que João Rafael caiu no rio, mas material genético não pôde ser extraído | Arquivo da família
Fio de cabelo poderia comprovar a teoria de que João Rafael caiu no rio, mas material genético não pôde ser extraído| Foto: Arquivo da família

Um fio de cabelo encontrado no boné do menino João Rafael Kovalski, desaparecido há quase 80 dias em Adrianópolis, na região metropolitana de Curitiba, não poderá ser usado como pista para tentar determinar o paradeiro do menino.

A delegada Araci Vargas, titular do Serviço de Investigação da Criança Desaparecida (Sicride) informou que recebeu o resultado da Criminalística, e o bulbo capilar não estava intacto, o que impossibilitou a extração de material genético. O boné havia sido achado no rio em que a criança poderia ter caído, e o DNA positivo reforçaria essa hipótese.

Polícia pede cuidado com denúncias

A delegada confirmou que, no total, quase mil denúncias já chegaram à polícia, mas quase todas sem fundamento. "Precisamos que a população ajude com o máximo que puder, mas pedimos um pouco mais de apuração. Já recebemos informações vindas de praticamente todos os estados do Brasil e até do exterior, mas quase todas são tão vagas que acabam atrapalhando mais do que dando ajuda", explicou.

É preciso, segundo Araci, que o eventual informante procure agregar informações à denúncia. "Pedimos às pessoas o favor de tentar checar um pouco melhor se existe a chance de uma criança localizada ser o João Rafael. Se possível, que tentem tirar uma foto ou descobrir algum outro dado que possa ser útil à investigação, antes de nos comunicar", pediu Araci.

As redes sociais, de acordo com ela, são úteis para espalhar mais facilmente o alerta do desaparecimento, mas também é preciso ter critério. "Nesse momento, já existem várias fotos diferentes do João correndo pela internet, e em algumas ele está com traços físicos diferentes de outras, como a cor da pele e o aspecto do cabelo. Isso também cria empecilhos", lamentou.

Apesar do volume de hipóteses, Araci garante que nenhuma hipótese está descartada. "Os bombeiros já deixaram de fazer buscas no rio há muito tempo, mas não é impossível que ele tenha se afogado, mesmo que nenhum corpo tenha sido encontrado até o momento", ponderou.

O Sicride busca, atualmente, 25 crianças desaparecidas no Paraná, mas apenas dois casos são mais recentes. "O fator tempo sempre corre contra nós", disse a delegada, "mas continuamos empenhados em apurar todas as possibilidades".Relembre o caso

João Rafael Kovalski foi visto foi visto pela última vez em Adrianópolis no dia 24 de agosto, cinco dias antes de completar dois anos de idade. Ele brincava no quintal da propriedade em onde estão as casas dos pais e a dos avós, que ficam próximas entre si. Assim que foram informados, a polícia fez diligências e uma equipe do Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost), fez buscas em frente a um rio próximo à casa, mas ele não foi encontrado.

No decorrer das semanas, o caso ganhou repercussão e o volume de denúncias sobre o possível paradeiro do garoto aumentou. Segundo o Sicride, uma média de 20 informações chegam diariamente à delegacia.

No início de novembro, cogitou-se que o menino estivesse em Pelotas-RS, quando uma pessoa afirmou ter visto uma criança parecida em um shopping no município.

Segundo a denunciante, a criança chamava a mulher com quem estava pelo nome, ao invés de "mãe", e pedia permissão para brincar, comportamento que ela julgou estranho. Esta pista, no entanto, também acabou descartada.

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