Foz do Iguaçu - Desde que foi implantado, em 2005, o ProUni fiscaliza periodicamente as bolsas de estudo concedidas. No último processo de supervisão, encerrado em novembro, o Ministério da Educação (MEC) cancelou 1.766 benefícios e desvinculou 15 instituições de ensino envolvidas nas irregularidades constatadas pela Secretaria de Educação Superior (Sesu), responsável pela gestão do programa.
A supervisão ocorre semestralmente e se baseia no cruzamento de informações do cadastro de bolsistas com outros bancos de dados, como a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), o Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), Receita Federal e bases de dados de universidades públicas.
Entre as principais irregularidades está a renda acima da determinada para a concessão da bolsa. No último levantamento, 561 estudantes perderam a bolsa depois de constatado que tinham renda familiar superior ao estabelecido. Ser dono de veículo é outro fato que chama a atenção dos fiscais e indica perfil incompatível, o que levou 598 bolsistas a serem desligados do ProUni.
Quanto às instituições desvinculadas, o problema está ligado à tentativa de conseguir maior isenção nos tributos federais concedida às instituições que oferecem as bolsas. As 15 faculdades desvinculadas declaravam ao fisco oferecer o mínimo de bolsas exigido de acordo com o número de alunos matriculados. Os benefícios, no entanto, não haviam sido aprovados e nem haviam chegado ao conhecimento da Sesu.
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