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Cerca de 1,7 mil toneladas de papel higiênico da empresa Mili foram queimadas durante um incêndio ontem no galpão da empresa no bairro Capão Raso, em Curitiba. O espaço de 10 mil metros quadrados foi tomado pelas chamas, que provocaram uma fumaça escura visível a cerca de 10 quilômetros do local. A contenção do fogo e a organização das centenas de pessoas que se aglomeravam nas proximidades contaram com a mobilização de pelo menos 200 pessoas, entre voluntários, funcionários, policiais militares, bombeiros e guardas de trânsito.

O incêndio começou com um pequeno foco nos fundos do barracão, por volta das 13h40. A brigada de incêndio da empresa, formada por 18 homens, não teve tempo de conter o fogo. Em pouco mais de dez minutos, todos os fardos e caixas de produtos estocados (papel higiênico, papel toalha, fraldas, absorventes e materiais de limpeza) foram tomados pelas chamas. De acordo com funcionários da empresa, cerca de 100 pessoas trabalham nessa unidade e ninguém ficou ferido.

"A primeira preocupação da brigada foi evacuar o local. Não se via mais nada por causa da fumaça", explica o chefe de segurança de trabalho da Mili, Luciano Andrei Felipe.

O Corpo de Bombeiros foi acionado pelos próprios funcionários da empresa. Oito caminhões e cerca de 50 homens estavam no local. Mesmo sem haver risco do fogo se propagar para outras estruturas, o trabalho estava focado em isolar a área de incêndio, já que enormes pilhas de papel ocupavam o pátio da empresa, em volta do barracão. No entanto, o esforço de dezenas de pessoas não foi o suficiente para salvar esses fardos. A radiação de calor e o vento fizeram com que o fogo atingisse algumas pilhas, o que atrapalhou ainda mais o acesso dos veículos dos bombeiros. "O material de alta combustão, o posicionamento dos hidrantes da empresa e a propagação rápida do fogo dificultaram a nossa ação", conta o tenente Regis Roberto Gonçalves.

O calor fez com que o teto de zinco cedesse e despencasse. O estrondo, a fumaça e as labaredas que saíam do galpão chamaram a atenção e preocuparam os vizinhos. "O fogo destruiu tudo muito rápido", relata a dona de casa Laís Machado, 50 anos. Depois de mais de seis horas de operação, as chamas foram controladas às 20h20, mas o trabalho continuou durante a madrugada, sem previsão para acabar.

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