A Frente Parlamentar Mista em Defesa da Educação sem Doutrinação Ideológica (FPDEDI) publicou nesta segunda-feira (5) uma nota de repúdio contra a Conferência Nacional da Educação (Conae) 2024, realizada nos dias 28 a 31 de janeiro, em Brasília.
A Conae é onde se discutem as diretrizes para o próximo Plano Nacional de Educação (PNE), documento que definirá os rumos da educação brasileira para todo o decênio 2024-2034. A Gazeta do Povo mostrou a hostilidade direcionada a delegados conservadores e que a pluralidade ficou apenas na teoria.
O evento foi organizado pelo Fórum Nacional de Educação (FNE), reestabelecido pelo Ministério da Educação (MEC) por portaria no primeiro ano de governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além do documento-base para as discussões apoiar bandeiras esquerdistas - como ideologia de gênero nas escolas e até pautas sindicais como o piso salarial de professores -, o próprio regimento dificultou o diálogo com quem pensava diferente.
Na nota de repúdio contra a Conae, o presidente da Frente, deputado Gustavo Gayer (PL-GO) cita que "a conferência deveria ter ouvido pais, professores e grupos sério de profissionais do ensino, além de tratar demandas reais da educação brasileira – que possui as piores colocações na qualidade de ensino entre vários países". Porém, ele ressaltou que "não passou de um evento político partidário da esquerda".
"O conteúdo apresentado e o teor das exposições da Conferência apresentaram um viés totalmente doutrinário e deixaram clara a pretensão de implementar um projeto político ideológico em todas as escolas do país, indistintamente", explica o deputado.
Editorial: A educação que não interessa ao Brasil
Gayer também mencionou alguns assuntos que foram expostos e debatidos no evento como "ódio à família tradicional, à fé cristã e aos valores milenares que formaram nossa sociedade judaicocristã, ao desenvolvimento industrial e ao agronegócio". Ele ainda relata o cenário da Conae 2024 e disse que houve "apoio à ideologia genocida que é o comunismo na forma de livros de Karl Marx e outros autores (incluindo modelos voltados para o público infantil), defesa ao grupo terrorista Hamas, ao assassino revolucionário Che Guevara, comércio de livros com apologia ao crime de pedofilia, bandeiras e camisetas em apoio ao atual presidente Lula (PT), comércio de bebidas alcoólicas, entre outros".
"A Conferência ignorou a trágica realidade do sistema de ensino nacional, responsável pelo analfabetismo funcional que já atinge mais de 20% da população brasileira, as últimas colocações em qualidade de ensino nas quais nosso país se encontra e, principalmente, não mencionou a realidade de alunos portadores de necessidades especiais e suas respectivas demandas como sendo a verdadeira forma de inclusão, mas tratou, como prioridade, a “inclusividade” voltada para questões de pautas LGBTs, além de combater a liberdade de ensino domiciliar, o homeschooling", diz o deputado.
Por fim, o deputado conclui a nota mencionando que a "Frente Parlamentar repudia veementemente este evento político-ideológico e abarrotado de doutrinação esquerdomarxista que foi a Conferência Nacional do Governo Federal".
O parlamentar chegou a publicar um vídeo nas redes sociais com denúncias de outras evidências do viés ideológico do evento, registrado durante a etapa nacional da Conae. Havia, entre outras coisas, um livreto com título “Por que discutir gênero na escola?” e bottoms em apoio ao Hamas, grupo terrorista da Palestina. Em outro trecho do vídeo, um rapaz que se diz representante do movimento LGBTQIA+ afirma que “a gente está formando militantes mesmo. A gente precisa manter viva a militância em sala de aula”.
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