Fruet e Ratinho pedem R$ 4,5 bi para projetos de mobilidade

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A prefeitura de Curitiba e o governo do Paraná pediram, juntos, R$ 4,5 bilhões ao governo federal para projetos de mobilidade na Região Metropolitana. Ao todo, são 16 projetos diferentes, 11 dentro de Curitiba e cinco envolvendo municípios vizinhos. O dinheiro sairia de um pacote, anunciado no último dia 24 pelo governo federal, que destina um total de R$ 50 bilhões para projetos em oito grandes regiões metropolitanas do Brasil – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Porto Alegre e Curitiba.

O prefeito Gustavo Fruet (PDT) e o secretário estadual de Desenvolvimento Urbano Ratinho Jr. (PSC) se reuniram nesta terça-feira (9) com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior (PT), e com o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PP), para apresentar os projetos. Participaram da reunião também o secretário estadual de Planejamento, Cássio Taniguchi (DEM), o vice-governador do Paraná, Flávio Arns (PSDB), e outras autoridades estaduais e municipais.

Desse montante de R$ 4,5 bilhões, R$ 3,25 bilhões seriam para 11 projetos em Curitiba. Entre as obras sugeridas estão a criação do segundo e do terceiro anel viário, com canaletas exclusivas para ônibus interbairros, a construção de novos terminais e a conclusão da Linha Verde Norte.

Fruet destaca que um novo projeto, que ainda não havia sido anunciado pela prefeitura, também foi apresentado à ministra. Trata-se de um veículo leve sobre pneus (VLP) substituindo a linha férrea, em um traçado de 30 km. O projeto está sendo desenvolvido pela equipe do ex-governador do Paraná Jaime Lerner.

Durante a reunião, Fruet informou também a situação do metrô. De acordo com ele, a prefeitura deve pedir mais dinheiro para a obra. Entretanto, só será possível saber exatamente quanto é necessário depois do procedimento de manifestação de interesse (PMI), que será concluído em agosto. Sabe-se apenas que o custo inicial foi subestimado.

Região metropolitana

Já o governo estadual apresentou cinco projetos – somando, no total, R$ 1,25 bilhões. O principal é o corredor metropolitano, que ligará sete municípios da RMC, e custará R$ 707 milhões. Os outros quatro são corredores de BRT ligando municípios da Região Metropolitana (RMC) aos eixos de transporte urbano da capital. Serão beneficiados os municípios de Fazenda Rio Grande, Colombo, Pinhais, Araucária, Piraquara e São José dos Pinhais.

Ratinho destacou, também, que Arns solicitou uma reunião com a ministra para discutir projetos de mobilidade para outras oito áreas urbanas do Paraná, incluindo Londrina, Maringá e Cascavel.

Política

Apesar das divergências políticas entre os grupos no comando da capital e do governo do estado, Ratinho disse que há uma "sinergia positiva" entre as duas partes na implantação desses projetos. Fruet afirmou, também, que os projetos do governo e da prefeitura se complementam, e que algumas das obras planejadas para a cidade de Curitiba devem causar um impacto positivo na mobilidade geral da RMC.

Fruet destacou, também, que a resposta inicial do governo federal foi positiva, especialmente por se tratarem de projetos inovadores. Ele ressalva, entretanto, que Curitiba disputa esse recurso com outras cidades brasileiras, e que existe a possibilidade de algumas dessas demandas não serem atendidas.

De acordo com o prefeito, dos 11 projetos apresentados pela prefeitura, apenas um – o do VLP – não conta ainda com um projeto executivo. Todos os outros poderiam ser licitados assim que a verba fosse aprovada.